O portal da prefeitura foi invadido por hackers no dia 25 de abril. Houve bloqueio de diversos arquivos e pastas. O sistema interno de comunicação e lançamento de dados também foi afetado. Alguns arquivos internos ainda permanecem bloqueados.
Conforme o secretário da Administração e Planejamento, Vagner Capoani, o sistema Technos foi recuperado pelos técnicos da empresa. “Contudo, os arquivos internos danificados permanecem bloqueados, sendo praticamente impossível liberá-los”, lamenta.
Segundo ele, por sorte, documentos danificados não constituíam parte importante do acervo. Após a invasão, medidas foram adotadas para prevenir novas ocorrências. Um antivírus corporativo foi instalado na central. O objetivo é dificultar a entrada de quaisquer tentativa de invasão. “Além disso, a conscientização de nosso quadro funcional foi direcionada a não acessar links suspeitos, observando-se que, presumivelmente, o ataque somente ocorreu por um acesso indevido, provavelmente sem intenção”, comenta Capoani.
Em fevereiro de 2016, o portal do município foi tirado do ar. Ao tentar acessar, os usuários eram surpreendidos com uma página alternativa e impedidos de usar o serviço. Nela, mensagens e imagens em alusão a um personagem de um desenho animado japonês. A ação só resultou em alterações superficiais no site. Os sistemas internos e as informações não foram afetados.
Conforme o delegado regional, Miguel Mendes Ribeiro Neto, nos últimos dois anos, houve casos na região em empresas e em repartições públicas. As ocorrências em todo o estado são encaminhadas para o Departamento Estadual de Investigações Criminais (Deic) em Porto Alegre. “São crimes de difícil investigação, pois muitos autores dessas irregularidades são de outros países.”
Ele destaca também a importância de se fazer um backup dos arquivos mais importantes, principalmente para evitar que os crimes sejam consumados. Dessa forma, caso aconteça o sequestro de informações, evita-se o pagamento de resgate pelos dados.
[bloco 1]
Boletos falsos
O delegado chama a atenção ainda para outro problema frequente que vem ocorrendo por meio de compras virtuais. Há casos em que estelionatários conseguem informações de boletos bancários de cobranças. Eles refazem os boletos emitindo novos documentos falsos.
Quando a pessoa paga, esse boleto reemitido vai para as contas desses criminosos. “Se alerta quando houver uma renegociação as pessoas se certificarem se realmente o novo boleto foi emitido pela empresa com que a pessoa tenha realizado a negociação”. Segundo o delegado regional esse crime vem ocorrendo com frequência.
Ataques no país e no RS
Os incidentes de segurança relacionados às organizações e instituições dos governos federal, estaduais e municipais são frequentes. O Centro de Tratamento de Incidentes de Segurança de Redes de Computadores (CTIR-Gov), departamento do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) do Palácio do Planalto divulgou na semana passada um relatório. No primeiro trimestre deste ano, 2.828 incidentes foram registrados. Desses, abuso e indisponibilidade de sítio são os casos mais frequentes.
Em relação ao abuso de sítio, no RS, foram 49 casos. O estado está em sétimo lugar em relação nesse tipo de ocorrência. O maior registro de incidentes ocorre em São Paulo.
