A nova grade curricular anunciada ontem pelo Ministério da Educação contempla atividades relevantes para formação dos estudantes do Ensino Básico. A elaboração da Base Nacional Comum Curricular foi iniciada em 2014. Cada região do país promoveu reuniões e contribuiu com um texto-base para a matéria.
Uma construção plural. Modelo mais indicado para um país diverso e multicultural como o Brasil. Processo inverso do feito com o novo Ensino Médio, previsto para entrar em vigor em 2018.
Para os alunos do Infantil e do Fundamental, estão previstas atividades que vão além do conhecimento. Exercitar a empatia, o diálogo, a cooperação e o respeito deverá fazer parte do cotidiano das escolas. Os alunos terão de acolher e valorizar a diversidade.
Em tempos de aumento na intolerância, levar temas como os citados acima para a sala de aula representa a esperança em um futuro mais igual e com menos preconceito. As disciplinas esperam interligar as questões socioemocionais, cognitivas e comunicacionais, para ensinar à criança qualidades como a solidariedade, o respeito, a assumir responsabilidade e saber conviver com o diferente. Um objetivo nobre. Ajudar o aluno a atingir uma formação humana integral.
A escola tem um papel fundamental para a sociedade. A partir disso, é preciso reformular o modelo educacional, apresentando aos estudantes a importância do conhecimento para o futuro. Só com a educação se faz uma sociedade mais crítica, preparada e atuante.
Transformar a realidade depende de todos. É um erro pensar que o dever de educar está só na escola. A ausência dos pais é um sintoma de quais são as prioridades da sociedade. Terceirizar a responsabilidade sobre a educação deixa margem para os descaminhos.
Dito isso, o fato mais fundamental é possibilitar aos alunos um ambiente de crescimento individual. As escolas têm por fundamento ensinar os estudantes a pensar. Não apenas decorar as fórmulas e regras gramaticais.
