Júri condena dupla por assassinar idosos

Lajeado

Júri condena dupla por assassinar idosos

Veredicto estabeleceu 27 anos de cadeia para Ana Luiza e 32 anos para Stanislau

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Júri condena dupla por assassinar idosos

O julgamento de Stanislau dos Santos e Ana Luiza Müller Dullius durou 15 horas e 30 minutos entre a manhã de terça-feira e a madrugada de ontem. Ao fim de todos os depoimentos e embates travados entre defesa e acusação, ambos foram condenados pelo júri popular. Ele, a 32 anos, sete meses e 15 dias de reclusão. Ela pegou 27 anos e nove meses. A causa teria sido desavenças sobre um desvio de valores da conta bancária das vítimas.

O casal de assassinos ficará preso em regime fechado nos presídios de Lajeado e Encantado. Eles foram considerados culpados pela morte brutal do casal de idosos, João Dullius e Isolde Müller Dullius, pais e sogros dos criminosos, em junho de 2014.

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Até o fim da julgamento, eles mantiveram a versão de inocência perante as denúncias ajuizadas pelo promotor de Justiça, João Francisco Ckless Filho. Eles foram acusados de homicídios triplamente qualificados. Por motivo torpe, meio que dificultou a defesa das vítimas e por ocultação de outro crime.  Ana Luiza e Stanislau permaneceram todo o tempo dentro do salão do Fórum. Em alguns momentos, choraram.

Ele, por duas vezes, demonstrou inquietação com as fotografias feitas por repórteres, e questionou o agente da Susepe sobre a legalidade do fato. O auditório recebeu grande público, formado principalmente por estudantes e formandos do curso de Direito.

O processo do júri popular foi presidido pelo juiz Rodrigo de Azevedo Bortoli. Na defesa de Ana Luiza, atuaram os advogados Ezequiel Vetoretti e Melani Feldmann. Já Stanislau foi representado pelo defensor público Fabrício Azevedo de Souza.

Como foi o julgamento

Os assassinos ouviram os depoimentos das duas testemunhas de acusação. A primeira delas, a irmã de Ana Luiza, uma das primeiras a chegar na casa após o brutal duplo homicídio, citou que a condenada não demonstrava preocupação com os pais mortos logo após o crime, mas, sim, com o namorado, Stanislau.

Sobre o assassino, a irmã de Ana Luiza afirmou não ter verificado qualquer ferimento na cabeça dele quando o encontrou dentro da casa, naquela manhã de 3 de junho de 2014. À Polícia Civil (PC) e ao juiz, Stanislau sustenta ter sido vítima de agressões durante um suposto assalto seguido de latrocínio, cometido por terceiros.

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A irmã também falou do comportamento dos criminosos durante o velório dos idosos, realizado no bairro Conventos. Segundo ela, Ana Luiza e Stanislau não demonstravam tristeza ou emoção condizentes com as dimensões da tragédia. Naquele momento, eles estariam preocupados com “a possível chegada da polícia no cemitério.”

Segundo o depoimento da irmã, o pai teria demonstrado temor com a realização de uma conversa com Stanislau. Ele tinha como intenção questionar o genro sobre o sumiço de dinheiro de uma conta bancária. Stanislau, por sua vez, com apoio de Ana Luiza, teria criado um factoide de que o objeto havia sido clonado, mentira admitida por ela no julgamento.

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