Operação apreende 409 itens no presídio

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Operação apreende 409 itens no presídio

Varredura em celas do regime fechado encontra celulares, entorpecentes e facas

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Operação apreende 409 itens no presídio

Ação organizada pela Superintendência dos Serviços Penitenciários (Susepe), com apoio da Brigada Militar, Corpo de Bombeiros e Polícia Civil, apreendeu 409 itens ilegais no presídio ontem. A operação ocorreu durante seis horas e averiguou todas as celas do regime fechado. De acordo com os órgãos de segurança, foi a maior revista dos últimos quatro anos.

Os principais itens apreendidos foram buchas de crack, tijolos de maconha, celulares e facas artesanais produzidas pelos próprios detentos (veja relação completa ao lado). A ação começou às 7h, integrando mais de 220 servidores. Desses, 120 policiais do 1º Batalhão de Operações Especiais (BOE), de Porto Alegre, e 60 agentes da Susepe.

As ruas de acesso ao presídio foram obstruídas pelo policiamento durante a ação, enquanto as celas do bloco A eram esvaziadas pelo BOE e os 191 detentos da repartição levados ao pátio do presídio. Em seguida, agentes da Susepe e Polícia Civil revistaram os espaços.

Feita a apuração, os presos retornaram às respectivas celas e as equipes partiram para o bloco B. A sistemática foi a mesma. Os 125 detentos do local foram levados pelo BOE ao pátio, enquanto era feita a revista.

Delegado regional da Susepe, Eugênio Eliseu Ferreira enaltece a importância da operação. “Além de restringirmos a comunicação de criminosos ao tirar os telefones, estamos aumentando a segurança dos próprios detentos ao apreender essas armas artesanais”, destaca ao citar ações semelhantes realizadas nas últimas semanas em outros presídios.

Conforme Ferreira, a operação foi motivada pela superlotação do presídio associada à chegada das festas de fim de ano, quando crimes tendem a aumentar. A penitenciária, reforça o chefe de segurança Eberson Bonet conta com 316 detentos no regime fechado, sendo que o espaço foi projetado para receber 122.

Fácil acesso

Embora Ferreira manifeste a necessidade de revistas gerais mais frequentes, reconhece a dificuldade de operações semelhantes a de ontem. “Precisamos movimentar muita gente no estado para conseguir fazer uma ação desse tamanho”, aponta o delegado regional.

De acordo com ele, a maioria dos itens apreendidos tem fácil acesso ao presídio. A maioria, como drogas e aparelhos celulares, é repassada aos detentos pelos visitantes. Apesar da revista antes de conceder o acesso ao espaço, os agentes penitenciários não conseguem identificar por absoluto as tentativas de entrada dos materiais. Um dos fatores que dificulta a verificação é a falta de aparelhagem.

É comum, ainda, o ingresso de itens proibidos pelos muros do presídio. Conforme o chefe de segurança, conhecidos dos detentos arremessam materiais do lado externo para o pátio. “Nesses dias, inclusive, encontrei um tijolo de maconha que alguém tentou passar para dentro. Estava em cima do telhado”, observa Bonet.

Itens apreendidos

Armas: Barra de ferro de construção (12), estoque/faca artesanal (51), faca (8), formão para artesanato (4) e tesoura de enfermaria.

Drogas: Bucha de crack (39), pacote com sementes de maconha, pedra de crack, pedra semelhante à cocaína prensada, tablete pequeno de maconha (15), tijolo médio de maconha e tijolo pequeno de maconha (83).

Eletrônicos: Adaptador de carregador de celular (15), balança de precisão, bateria de celular (8), cabo USB (10), carcaça de celular (3), carregador de celular (13), cartão de memória (2gb), celular (36), fone de ouvido (11), pen-drive (7) e transformador (2).

Outros: Aerolin, cachimbo (49), cantoneira de janela (70cm), carcaça de granada lacrimogênea, serrinha (10cm), chave de fenda, colher, garfo (3), máquina de tatuagem, par de tênis contendo números de telefone, perfume (3) e rolo de lixa.

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