A Rede de Proteção Ambiental e Animal (Repraas) entregou, nessa terça-feira, denúncia de crime ambiental ao Ministério Público e ao Comando Ambiental da Brigada Militar (BM), de Porto Alegre. Registro fotográfico mostra o desmatamento em uma Área de Preservação Permanente (APP), na divisa do município com Teutônia. De acordo com o presidente da ONG, Vladimir da Silva, cerca de um hectare de Mata Atlântica foi devastado nas últimas semanas. As árvores, algumas com mais de 40 anos, estariam sendo cortadas para o plantio eucalipto. Outras áreas, segundo ele, foram desmatadas recentemente na mesma propriedade.
Enquanto integrantes da organização faziam o registro fotográfico do desmatamento, relatam, motosserras operavam em outra parte da propriedade. O grupo avistou três operários trabalhando no local e, segundo alegado por eles, o município havia concedido licença para o corte. A Repraas ressalta que o desmatamento ocorre há poucos metros de uma nascente. “A legislação proíbe a derrubada de árvores a menos de 50 metros de uma vertente. Mas calculamos que a retirada não respeitou nem 35 metros”, aponta a estudante de Biologia e pesquisadora Pauline Amanda Vognach.
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A estudante alerta para os prejuízos causados pela ação ao ambiente. De acordo com Pauline, a vegetação natural serve de habitat para uma série de animais silvestres. “Cortando as árvores, perde-se toda essa proteção a fauna.” Além disso, a Mata Atlântica protege o solo, diferentemente do eucalipto. A denúncia deve ser repassada hoje pela Secretaria-Geral do Ministério Público de Teutônia ao promotor Jair João Franz, quem irá deliberar sobre qualquer intervenção. O servidor responsável pelo encaminhamento buscava, até ontem, mais informações sobre o caso.
