Derivados do trigo encarecem até 20%

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Derivados do trigo encarecem até 20%

Alta do dólar e maior custo de produção das empresa motivam aumento nos preços

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Vale do Taquari – Padarias, supermercados e confeitarias gaúchas ajustam o preço dos produtos à base da farinha de trigo. Entre os principais itens da lista, pães, massas e biscoitos, devem ter um incremento entre 10 e 20%. O aumento é motivado pelo maior custo de produção, em especial pelo encarecimento da energia elétrica, dos combustíveis e pela disparada do dólar ao longo das últimas semanas.

03Uma das dificuldades das empresas em evitar impactos ao consumidor é que quase metade do trigo consumido no país precisa ser importado de outros países, como Argentina e Estados Unidos. No Brasil, são consumidos cerca de dez milhões de toneladas de derivados por ano.

De acordo com o Sindicato das Indústrias de Panificação e Confeitaria e de Massas Alimentícias e Biscoitos no Estado (Sindipan-RS), outros commodities também sofreram influência dos 24% de elevação da moeda americana. Repercutiu, por exemplo, no valor de mercado do óleo de soja, margarina e farinha de milho, insumos essenciais na produção dos alimentos.

O Sindipan prevê dificuldades para o setor nos próximos meses, visto que muitas empresas estão segurando os preços para evitar queda nas vendas. Conforme estimativa do sindicato, os consumidores devem sentir as diferenças de forma gradativa. Eles variam em cada estabelecimento devido a questões relacionadas a datas, estoques e concorrência.

O mercado ligado aos derivados do trigo tem passado por seguidos ajustes nos últimos anos (veja infográfico). Desde 2010, por exemplo, o valor do pão francês – o mais consumidos no país – teve um incremento superior a 50%. O preço do quilo do produto passou de R$ 5 para R$ 7,70 no período, conforme dados da Associação Gaúchas dos Supermercados (Agas).

No caso das massas, com base em registros da Agas, o quilo do alimento encareceu 36% nestes seis anos. Passou de R$ 1,8 para R$ 2,44. Nos biscoitos, a diferença chegou a 43%: de R$ 3,57 para R$ 5,09.

Custo sobe para as empresas

Os principais motivos que representam aumento no custo de vida do cidadão também impactam no orçamento das indústrias. A maior proporção de aumento nos últimos meses ocorreu na energia elétrica, na qual o acumulado superou a marca dos 60%.

Em abril do ano passado, por exemplo, clientes da AES Sul tiveram reajuste de 28,86% para residências e 30,29%, indústria e comércio. Em fevereiro deste ano, a Aneel homologou nova alta: 36,23% para moradias e 41,7% para comércio e indústria. Além disso, a bandeira tarifária segue no vermelho.

Todos os combustíveis também encareceram se comparado ao começo de 2014 com destaque para a gasolina. De acordo com a média de preço nos postos de Lajeado, o litro do produto passou de R$ 3 para R$ 3,38: incremento de 12,6%. O litro de óleo diesel saiu de R$ 2,54 para R$ 2,82. Enquanto isso o de álcool/etanol foi de R$ 2,57 para R$ 2,69.

Dicas para economizar

Pães e demais derivados podem ser congelados para evitar o desperdício. A melhor alternativa é envolvê-los em embalagens plásticas para evitar o contato com o ar. Para consumir, basta deixá-los alguns instantes fora do congelador.

No caso do pão, caso este não seja consumido em uma única refeição, o restante pode ser conservado na geladeira por alguns dias. Assim, evita-se o ressecamento ou mofo.

Caso o pão fique ressecado, pode ser colocado no liquidificador para transformá-lo em farinha de rosca. Outra opção é cortá-lo em quadrados e levá-lo ao forno, servindo de acompanhante para sopas ou saladas.

Fonte: Sindipan

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