Surto de virose afasta crianças da escola

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Surto de virose afasta crianças da escola

Metade dos alunos da Emei Vó Olga deixa de ir às aulas para evitar contaminação

Mato Leitão – Equipes de saúde, governo e direção da Emei Vó Olga mudam rotina da comunidade para evitar a propagação de uma virose. Desde a quinta-feira, dezenas de pacientes chegam à UBS do centro com sintomas de febre, vômito, diarreia e dores musculares. A grande maioria dos casos envolve alunos da escola infantil.

03Nessa segunda-feira, a instituição remeteu bilhete aos pais das crianças, informando do risco de contágio. De acordo com a supervisora Beatran Hinterholz, a entidade solicita as famílias para, dentro do possível, manter os filhos em casa.

O resultado foi imediato: ontem, dos 163 alunos matriculados na Emei, apenas 85 compareceram. “Isto mostra a compreensão das pessoas com o problema, afinal somos uma instituição de ensino, não de saúde.”

Até o fim da tarde de ontem, chegava a 25 o número de crianças adoecidas com a virose. Apenas na segunda-feira, dez novos casos em alunos e quatro em servidores da Emei foram registrados. A prefeita Carmen Goerck classifica a situação como controlada, mas pede cautela. “É importante orientar a população agora, para que isso não saia do controle.”

Enfermeira da UBS, Carla Inês Heinen Stöhr, aponta que as crianças são mais suscetíveis ao contágio principalmente pela baixa imunidade e pelo contato direto, pois muitas dividem brinquedos ou alimentação.

Apesar de a maioria dos casos se concentrar na escola, a comunidade em geral começa a apresentar sintomas do vírus. Segundo ela, são parentes, amigos e até vizinhos das pessoas adoecidas. Cita a dificuldade de evitar o contágio, mas aconselha que hábitos de higienização podem aumentar a prevenção.

A prática foi reforçada na Emei, apesar de mantida de forma periódica desde 2010, após surto de gripe. Segundo a supervisora Beatran, a instituição incentiva o uso seguido do álcool gel, limpeza de ambientes e de brinquedos. “Além disto, mantemos uma alimentação reforçada, os ambientes arejados e hidratação.”

A média de atestado das crianças gira em torno de três a quatro dias, dependendo do caso. Para retornar às aulas, é preciso voltar ao posto de saúde para nova consulta. Se o médico entender que a situação está normalizada, emite novo laudo permitindo o reingresso na escola. Sem isto, a entrada fica proibida.

Evitar a UBS

Uma das indicações do município à população é evitar o contato com os ambientes onde haja a circulação de pessoas com a virose, como a UBS. De acordo com a enfermeira Carla, os pacientes só devem ir ao posto em casos inevitáveis. “Para aqueles com consultas periódicas, por exemplo, aconselhamos a remarcar por telefone.”

Virose em números

Dos 163 alunos matriculados na Emei, apenas 85 foram às aulas ontem. Os demais ficaram em casa, a pedido da direção escolar.

O surto começou na quinta-feira. Desde então, dezenas de pessoas apresentaram sintomas como febre, vômito, diarreia e dores musculares. Não há número preciso de pacientes infectados.

Sintomas e dicas

Idosos e crianças são os mais vulneráveis, porque o sistema imunológico de ambos é mais frágil. Com as seguidas variações no tempo, a chance de contágio aumenta. A recomendação, a qualquer sinal de virose, é ingerir líquidos para evitar desidratação e regrar a alimentação. Em caso de diarreia intensa, os riscos aumentam e é necessário buscar orientação médica.

De acordo com o clínico-geral, Carlos Nonnenmacher, lavar as mãos de forma seguida e evitar o contato direto com pessoas adoecidas são práticas fundamentais para evitar o contágio. “Essas viroses se propagam rápido e de forma fácil. Então quanto menos ficarmos expostos, evitando locais fechados, melhor.”

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