Estrela – O município renovou ontem o contrato com a Corsan para mais 25 anos. Nesse período, a estatal se propõe a investir mais de R$ 15 milhões em abastecimento e R$ 50 milhões em esgotamento sanitário. A construção da Estação de Tratamento de Esgoto (ETE) deve iniciar em até três anos.
A prioridade é a instalação de dez quilômetros de redes de água e esgoto, no prazo de 18 meses. Os trechos contemplam áreas industriais, às margens da Transantarita, ERS-129 e BR-386. As obras beneficiarão também o novo loteamento na Rota do Sol, com projeção de 250 casas populares.
Segundo o secretário de Planejamento e Desenvolvimento Econômico, Marco Aurélio Wermann, a diferença do novo contrato para o anterior consiste na inclusão do saneamento. Em até seis anos a Corsan deverá investir R$ 12 a 15 milhões para tratar 50% do esgoto da cidade.
Por enquanto, cinco estações compactas realizam tratamento nos bairros Cristo Rei, Jardim das Pedras, centro, Imigrantes e Loteamento Popular. Cada uma dá conta de menos de 0,5% da demanda. A estatal passará recursos mensais para garantir a manutenção do sistema.
Para o prefeito Carlos Rafael Mallmann, o contrato representa mais qualidade de vida e saúde aos moradores. Pede apoio das entidades na fiscalização dos projetos da estatal e cobrança das metas para universalização dos serviços. Ressalta a possibilidade de revisão do convênio a cada cinco anos para avaliar se houve atendimento das necessidades elencadas, sob risco de rompimento.
R$ 4,4 bilhões pelo Estado
O diretor-presidente da Corsan, Arnaldo Dutra, esteve presente na assinatura do convênio. Reforçou o compromisso com a universalização dos serviços pelo Estado e elencou o tratamento de 50% do esgoto como prioridade para os próximos seis anos.
“Investiremos R$ 4,4 bilhões no Estado até 2018”, garante. Parte desse valor, no montante de R$ 3,2 bilhões, está garantida pelo PAC 2, do governo federal. Para a Bacia Taquari-Antas, Dutra projeta 4,34% desse investimento. Valor distribuído em R$ 46,9 milhões para o sistema de abastecimento e R$ 144,5 milhões ao tratamento de esgoto.
Conforme Dutra, os projetos de saneamento ocorrem interligados por bacias, totalizando 25 pelo Estado. Entre as mais críticas, se tratando de poluição, elenca as Taquari-Antas e Guaíba. Para mudar a situação, reforça a necessidade dos investimentos previstos e trabalho socioambiental nos bairros.
Porém, apenas o pagamento das tarifas pelos moradores tornará o sistema de tratamento sustentável. Em média, calcula gastos mensais de R$ 6 a R$ 21 por família, com carência de até seis meses após a interligação à rede.