Encantado – As obras do prédio da UTI, no Hospital Beneficente Santa Terezinha (HBST), iniciam em três semanas. Foram 20 anos de busca pelo projeto. Com a nova unidade, a região somará 32 leitos adultos nos três hospitais credenciados.
A estrutura de seis andares, com mais de dez mil metros quadrados de área, inclui Centro Cirúrgico, Centro de Materiais de Esterilização e unidades de internação. O estrutura será erguida aos fundos do hospital, em frente ao Centro Médico. Em abril, a construtora realizou testes no local, para verificar as condições do solo. O projeto final passa pelas últimas análises na Vigilância Sanitária.
“A concretização só é possível pela união do corpo clínico, mantenedora e município”, diz o secretário da Saúde, Marino Deves. Um termo de cooperação foi firmado em outubro do ano passado. O documento prevê R$ 4 milhões de investimentos até 2016.
Cada parte se comprometeu em auxiliar. A mantenedora arca com o início das obras, com os custos do projeto e construção do prédio, compra de equipamentos para videocirurgias, aparelho de raios X digital e reformas no espaço atual. O corpo clínico inclui novos profissionais para atender os pacientes da UTI e elabora novas escalas de sobreaviso.
Já o município busca por R$ 1 milhão em recursos públicos para acabamentos no prédio e compra de equipamentos hospitalares. Conforme Deves, até então, há a promessa de uma emenda parlamentar de R$ 800 mil para os acabamentos e outras duas no valor de R$ 500 mil para aparelhos.
Há também a busca por recursos conseguidos na Consulta Popular de 2010, pendentes no governo estadual e destinados à UTI. Sobre a manutenção, Deves cita que se dará por incentivos e internações.
Outros hospitais na busca
Arroio do Meio. A diretoria do Hospital São José (HSJ) pleiteia a instalação de dez leitos de UTI adulta. Desde setembro, o projeto arquitetônico teve aprovação da 16ª Coordenadoria Regional de Saúde (CRS) e aguarda pela análise da Vigilância Sanitária, na Secretaria Estadual de Saúde (SES).
Pelo projeto, seriam necessários mais de R$ 2 milhões para ampliação do espaço físico e compra dos equipamentos da UTI. O diretor da instituição, José Clóvis Soares, aguarda a aprovação para firmar convênio com governo estadual, com valor já solicitado no orçamento deste ano.
A obra projeta também a ampliação da estrutura hospitalar, passando de 74 para cem leitos comuns. A instituição tem 114 funcionários, abrange 70 municípios e 83% das consultas ocorrem pelo SUS.
Teutônia. O Hospital Outro Branco também aguarda aprovação do projeto arquitetônico enviado à Vigilância Sanitária, para instalação de dez leitos adultos. Segundo o presidente, André Lagemann, a próxima etapa é a busca por recursos, a partir da apuração final dos custos.
Leitos pela região
Na região há 22 leitos adultos, sendo 12 no Hospital Bruno Born, de Lajeado, e dez no Hospital Estrela. Com esses números, o Vale aparece na oitava posição no Estado em total de leitos. Há 31 estruturas disponíveis para usuários do SUS, contando as vagas adultas, pediatras e neonatais.
Por cada vaga do SUS, o governo paga R$ 478 a diária. Mesmo assim, o valor é insuficiente para cobrir os custos. O hospital de Lajeado, por exemplo, gasta cerca de R$ 850 para manter um leito.
A instalação de novos leitos na região não garante a ocupação por pessoas locais. A regulação do encaminhamento de pacientes ocorre pela SES. A central recebe a solicitação de uma vaga de UTI a partir do médico assistente. A equipe classifica o risco pelas informações sobre as condições clínicas, exames complementares e diagnóstico. A partir disso, há a procura na rede do SUS pelo serviço. Identificada a vaga, o leito é reservado e disponibilizado.