Lajeado – No aguardo de publicação do Ministério da Saúde sobre a classificação da UPA Lajeado, o governo municipal desembolsou quase R$ 2 milhões para manter a unidade nestes dois meses de funcionamento.
Definida como UPA Qualificada, deve receber em torno de R$ 520 mil por mês, dinheiro vindo da União e do Estado. Para Lajeado, ficariam R$ 210 mil. Para reduzir esse total, a Secretaria de Saúde (Sesa) deve retomar as tratativas com as demais cidades, integrantes do Consórcio Intermunicipal de Saúde (Consisa) e da Associação de Municípios do Vale do Taquari (Amvat).
Conforme o secretário de Saúde de Lajeado, Glademir Schwingel, assim que o aparelho de raios X estiver apto, a proposta volta a ser debatida com as cidades vizinhas. Desde o fim do ano passado, a discussão sobre convênio pouco avançou. Na ocasião, a proximidade do fechamento das contas dos governos dificultou a negociação.
Em janeiro, a Sesa encaminhou cartas pedindo a confirmação ou não do acordo. Dez cidades haviam respondido. A metade não demonstrando interesse. Entre elas, constam Estrela e Cruzeiro do Sul. As administrações alegaram ter estrutura nos hospitais locais para o pronto-atendimento disponibilizado pela unidade de Lajeado. Os 26 demais pediram mais tempo para estudar as propostas.
De acordo com Schwingel, Lajeado quer oferecer o serviço completo, por isso espera a implementação do equipamento. O aparelho está instalado e passa por testes de segurança e deve entrar em operação nos próximos dias, afirma.
A máquina atual é alugada pela Fundação Hospitalar Getúlio Vargas (FHGV). O equipamento definitivo será comprado com verba federal de R$ 798 mil e ficará como patrimônio do município. Segundo o secretário, para agilizar as liberações do Ministério da Saúde e do Palácio Piratini, o município solicitou interferência da secretária estadual de Saúde, Sandra Fagundes. Havendo a publicação da portaria, a verba será liberada de maneira retroativa.
Média de 98 atendimentos por dia
Até o dia 25 de maio, o número de atendimentos na UPA alcançou 7.465, o que equivale a 98 consultas por dia. Na avaliação do governo, a prestação do serviço pela FHGV atende as necessidades.
Para Schwingel, apesar das dificuldades nos primeiros meses, como o contrato com a fundação sem aprovação legislativa e as reclamações de trabalhadores sobre o pagamento dos salários, o atendimento tem um alto índice de satisfação.
A construção da unidade foi paga com recursos federais, estaduais e municipais, totalizando R$ 4 milhões. Com 1.212 metros quadrados de área construída, tem capacidade para 300 atendimento por dia.