Santa Clara do Sul – A família Lang teve um susto durante o velório de Isidoro Lang, 81, que morreu devido a problemas no pulmão. Ao abrirem o caixão, perceberam que o corpo não era o dele. A troca teria ocorrido no necrotério do Hospital Bruno Born (HBB), em Lajeado.
Próximo das 7h de domingo, a família do idoso chamou a Funerária Sabke para buscar o cadáver. Ao perceber o erro, a empresa foi contatada. Em seguida, levou o corpo de volta ao hospital.
Chegando no necrotério, encontraram o corpo do idoso. Isidoro Lang foi sepultado nesse domingo à tarde, no Cemitério Católico da Comunidade São Francisco Xavier.
Sobre o corpo do outro homem, o HBB não divulga o nome. Apenas que era um paciente de 65 anos, natural de Taquari.
HBB abre sindicância
O erro na entrega do corpo de Lang motiva abertura de sindicância pelo HBB. A instituição estuda até mesmo mudar os procedimentos para evitar novas falhas. Conforme o hospital, ao ser constatado o óbito, o corpo é enviado ao morgue. Uma identificação é presa com fita adesiva no tórax, contendo o nome completo e o nome da mãe, também é colocada uma pulseira de identificação.
De acordo com a instituição, no momento em que a funerária foi buscar o corpo de Lang, ele ainda estava na UTI. No local estava o corpo de outro paciente que havia morrido no sábado à noite na Emergência. O HBB afirma que o cadáver estava identificado com a fita e com a pulseira.
Para a instituição, a falha foi da funerária por não ter conferido o nome do corpo. Em mais de 80 anos de HBB, esse foi o primeiro caso do tipo.
Já a funerária rechaça as informações do hospital. Segundo a empresa, só havia um corpo no morgue. Estava sem identificação, sem a pulseira, apenas com um esparadrapo no braço com o nome de Isidoro Lang.
Segundo o HBB, há uma lista de funerárias autorizadas a entrar no morgue. Para retirar um cadáver, as empresas devem preencher um protocolo, informando dados do morto, bem como o nome de quem o está levando.