Lajeado – Um revólver calibre 32 e uma soqueira inglesa estavam com um adolescente na noite dessa segunda-feira. Colegas relataram aos professores que o jovem ameaçava um grupo de rapazes, com os quais havia se desentendido há alguns dias.
A Brigada Militar (BM) foi chamada. A direção da escola encaminhou o estudante até a biblioteca, onde ele passou por revista. A arma, com a numeração de série raspada, e a soqueira, estavam na mochila.
O revólver estava descarregado e também não funcionava. O aluno, morador do centro, tem histórico de brigas no colégio. O menor foi encaminhado à Delegacia de Polícia. O Conselho Tutelar e os pais foram chamados.
No depoimento, o adolescente disse que a arma era de um amigo e que ele estaria guardando para devolver. A mãe desconhecia o fato. A Polícia Civil investiga o caso.
Ontem, o Conselho Escolar, diretores e professores se reuniram para tratar do assunto. Localizada perto de um bairro com histórico de violência, preferem o silêncio para não macular a imagem da instituição.
Último caso
Em setembro de 2011, houve uma situação similar em Roca Sales. Um adolescente de 15 anos foi apreendido com um revólver calibre 38. O jovem levou a arma do padrasto para ameaçar um colega.
Ao chegar ao local, a BM viu um amigo do rapaz tentando esconder o revólver. A arma estava descarregada. Em seguida, os menores foram levados até a Delegacia de Polícia.
O padrasto foi indiciado por porte ilegal de arma e os jovens prestaram serviços comunitários.
Desafio de conter a violência
A Secretaria Estadual de Educação criou o Comitê de Prevenção à Violência Escolar. Desde 2012, realizam cursos nos municípios para reduzir os casos de agressões nas escolas. A intenção é discutir com os professores e funcionários das instituições de ensino o papel da escola na mediação de conflitos e identificar as situações que necessitam de intervenção jurídica para a solução de problemas de violência.
Conforme estudo da secretaria, o consumo de drogas está vinculado ao aumento da violência nos colégios.