Lajeado – Decidida em assembleia geral do Cpers/Sindicato, paralisação de três dias nas escolas públicas tem dificuldades para atrair professores ao movimento. Na última sexta-feira, docentes se reuniram em Porto Alegre para cobrar o pagamento do piso salarial do magistério e benefícios, bem como para definir os dias de interrupção das aulas.
De ontem até amanhã, algumas escolas estaduais integram a greve da Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE). Durante a suspensão das atividades, o Cpers visita escolas, exerce atividades nos núcleos do sindicato. Amanhã, ocorre ato público estadual em frente ao Cpers da capital.
A assembleia aprovou realização de um seminário, no dia 31, sobre o Golpe Militar e criminalização dos movimentos sociais; e de uma atividade estadual conjunta com servidores federais, em abril.
No Vale, as instituições optaram por seguir com as aulas. Grande parte das diretorias das escolas justifica o desinteresse pela paralisação com a necessidade de recuperar os horários perdidos e desconto no salário. Em alguns casos o ano letivo termina em janeiro.
No maior colégio da região, Presidente Castelo Branco, a maioria dos professores do turno da manhã se posiciona a favor da paralisação de amanhã. Docentes do turno da tarde dividiram opiniões. Na quinta-feira, as aulas seguem inalteradas.
Conforme a diretora-geral do núcleo 8 do Cpers de Estrela, Luzia Herrmann, todos os educadores deveriam aderir ao movimento. “Estão acomodados.” O sindicato fará estratégias para agregar mais integrantes nas paralisações.
3ª CRE faz levantamento
A 3ª Coordenadoria Regional de Educação (CRE) não registrou escolas paralisadas ontem. Todas as 90 instituições dos 32 municípios decidiram permanecer com as atividades. Conforme a coordenadora-adjunta, Denise Goulart, hoje e amanhã ocorrem novos levantamentos. Caso alguma escola aderir ao movimento, a coordenadoria cobrará os dias letivos sem aula.
Para a 3ª CRE, o insucesso da paralisação advém da falta de sintonia entre a categoria. “A greve é da CNTE. O Cpers aderiu e agregou suas reivindicações. Faltou preparação.”
Reivindicações do Cpers/Sindicato
– Implementação do piso como vencimento básico da carreira;
– Criação do piso para funcionários de escola;
– Defesa dos planos de carreira do magistério e dos funcionários de escola;
– Manutenção do índice de reajuste do piso de acordo com o custo aluno;
– Implementação de 10% do PIB na educação pública;
– Contra o Plano Nacional de Educação (PNE) do governo Dilma;
– Transformação do vale-refeição em auxílio alimentação;
– Nomeação imediata de professores aprovados no concurso de 2013.