Horário de verão termina. Calor reduz

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Horário de verão termina. Calor reduz

A frente fria se afasta, mas temperatura se mantém amena no fim de semana

Vale do Taquari – O relógio deve ser atrasado em uma hora à meia-noite de sábado, quando cessa o horário de verão. A medida de eficiência energética que iniciou em outubro de 2013 reduziu em 4,5% a demanda de consumo entre 18h e 20h, conforme o vice-presidente e diretor de energia Erineo Hennemann, da Certel Energia. Equivale a dois mil megawatts no Sistema Interligado Nacional.

2A cooperativa atua em 47 municípios e tem mais de 60 mil associados. A redução percebida de 2,7 megawatts pode ser comparada ao consumo de um município como Santa Clara do Sul.

Hennemann aponta que a economia é verificada principalmente nas áreas urbanas, onde existe um aproveitamento maior da luz solar.

Assim, não há sobreposição do uso da energia para iluminação com uso industrial, de chuveiros elétricos e das cargas rurais, ficando mais dispersas. Caso não houvesse o horário de verão, cita, essas cargas entrariam praticamente ao mesmo tempo na hora de escurecer.

Outro fator que comprova a vantagem é que o perfil de consumo mudou. Nos dias de calor mais intenso, passando das 19/21horas para o período das 14/16horas. Porém, o calor intenso dos últimos dias reduziu a expectativa de economia de energia.

O fim do horário de verão e a queda na temperatura coincidem. Na sexta-feira, às 15h30min, o termômetro do Centro de Informações Hidrometeorológicas da Univates marcava 23ºC.

Conforme a auxiliar técnica do CIH, Fabiane Gerhard, a frente fria que trouxe o alívio das temperaturas se afastou do Estado, mas manteve muita umidade sobre a região. “Por isso tivemos nuvens e pancadas de chuva na sexta.”

A partir deste sábado, uma massa de ar mais seco passa a atuar sobre o Estado e aos poucos diminui a nebulosidade. O sol volta a predominar e se mantém no domingo.

Fabiane adianta que na semana que vem as temperaturas mínima e máxima ficam a cada dia mais altas, porém não alcançam os extremos de 40ºC registrados nas últimas semanas. Na quarta-feira a máxima prevista é 34ºC. “Num prazo maior, não se pode descartar a ocorrência de novos períodos tórridos.”

Mudança na rotina

Sonia Heinen, 54, aprecia o horário como está posto, mas demora para se acostumar com a mudança. Sente a diferença no organismo nos primeiros dias.

Ela gosta de praticar caminhadas e a partir de domingo antecipará o horário da atividade para não andar no escuro.

Lamenta que os dias encurtem, dificultando a realização de tarefas externas.

Márcio Rosa da Silva, 30, preferia o horário de verão quando era mais jovem. Hoje, depois de um dia de trabalho, só quer que a noite chegue logo para descansar.

Racionamento

Conforme Hennemann, há uma baixa probabilidade de racionamento de energia, porém previsível. O país tem um parque de geração com capacidade de 124 mil MW e utilização de 87 mil MW. Os problemas estão na capacidade de suprimento – linha para transmissão da energia gerada e o baixo nível das barragens devido à falta de chuvas.

A falta de água nas hidrelétricas está sendo compensada pelas usinas térmicas e o risco maior está no desligamento de linhas de transmissão, como ocorreu recentemente, com a linha entre Serra da Mesa e Colinas, no norte do país, que transportava cinco mil MW para o sudeste.

O Rio Grande do Sul produz 25% da energia que consome, sendo dependente da energia oriunda do Sistema Interligado Nacional. “Como as obras das novas linhas de transmissão estão atrasadas, nosso risco de racionamento é maior.”

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