Investidores propõem hotel na Univates

Você

Investidores propõem hotel na Univates

Conselho aprova comodato de área para construção de dois prédios na av. Tallini

Por

Gustavo Adolfo 1 - Lateral vertical - Final vertical

Lajeado – A expansão da Univates provoca o interesse de empreiteiras e construtoras. Nos últimos anos, houve uma aceleração no número de moradias nos bairros Universitário, Loteamento dos Médicos, São Cristóvão e Verdes Vales.

Com a aprovação do curso de Medicina, novas oportunidades de negócios se abrem. Um grupo de investidores de Caxias do Sul pretende construir um hotel de baixo custo na av. Avelino Tallini. Ontem, o conselho administrativo da universidade aprovou a minuta de contrato, que prevê o repasse de uma área em frente ao Complexo Cultural por regime de comodato.

3Pela proposta da Univates, os empresários explorariam o local por 30 anos. Depois disso, os prédios passariam para o patrimônio da instituição de ensino. Conforme o vice-reitor, Carlos Cyrne, a ideia inicial estabelece o investimento em dois blocos com apartamentos. Um com quartos triplos e sala, cozinha e banheiro coletivo. O outro teria dormitórios individuais.

O modelo do prédio misto se aproxima dos albergues de estudantes. De acordo com Cyrne, o hotel atenderia a demanda de professores de outras cidades, alunos em busca de moradias fixas, visitantes e a comunidade. “Tendo vagas, qualquer pessoa poderá se hospedar.”

A confirmação do investimento depende de aval do grupo caxiense. Nas próximas semanas, o texto aprovado no conselho da Univates será encaminhado para análise dos empresários. Caso haja uma contraproposta, o documento retorna a Lajeado. O vice-reitor estima um prazo de sete meses para confirmação das cláusulas do contrato. Passada essa etapa, se inicia a elaboração do projeto arquitetônico e executivo. Pela projeção da universidade, o hotel deve estar pronto no segundo semestre de 2015.

Muita oferta preocupa empresário

Na av. Tallini, há quatro obras residenciais em andamento. Nas ruas adjacentes, somam-se entre cinco a dez novos prédios. Para o arquiteto e construtor Leandro Eckert, mais investimentos nos arredores da universidade devem ser feitos com cautela. “Hoje, se eu fosse construir, faria uma pesquisa de mercado.”

Para ele, para ofertar moradias aos estudantes, é necessário avaliar o quadro da região. O público acadêmico de graduação se aproxima dos 14 mil alunos. Na maior parte, residentes no Vale. Muitos moram com parentes, vindos das cidades vizinhas de ônibus.

Eckert foi um dos primeiros empresários a oferecer apartamentos destinados para o público da Univates. Em 2001, construiu o primeiro edifício com essa finalidade. No princípio, lembra, a procura ficou abaixo do esperado. Hoje, a situação mudou e a ocupação dos apartamentos se consolidou. “Há muita unidade à disposição.”


Faltam leitos nos hotéis

Um dos motivos que afastou a possibilidade de Lajeado ser subsede da Copa do Mundo foi as poucas vagas para hospedagem. A cidade permanece no catálogo, mas nenhuma seleção deve vir ao Vale.

Ao todo, há mais de 900 leitos disponíveis e distribuídos em oito hotéis. A capacidade para receber os visitantes é considerada baixa. Há também pousadas e outras formas de hospedagem. A Associação Comercial e Industrial (Acil) estima em 1,2 mil leitos a capacidade hoteleira de Lajeado.

A dificuldade é recorrente na região. Conforme dados da Associação dos Municípios de Turismo da Região dos Vales (Amturvales), a rede hoteleira tem 56 estabelecimentos distribuídos em 25 municípios.

Nos municípios menores, como Sério, Forquetinha e Colinas, sequer há hotéis ou pousadas.

Acompanhe
nossas
redes sociais