Novo prefeito estará eleito com apenas um voto

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Novo prefeito estará eleito com apenas um voto

Colinas – Partidos situacionistas se mantêm na administração municipal pelos próximos três anos. Com a desistência da oposição de concorrer nas eleições municipais, a chapa única formada por PMDB, PT, PDT e PHS, depende apenas de um voto para eleger…

Colinas – Partidos situacionistas se mantêm na administração municipal pelos próximos três anos. Com a desistência da oposição de concorrer nas eleições municipais, a chapa única formada por PMDB, PT, PDT e PHS, depende apenas de um voto para eleger Irineu Horst e Ademar Rieger, como prefeito e vice.

Colinas tem 2.532 eleitores. De acordo com legislação, candidatos únicos de cidades com menos de 200 mil votantes, vencem ao obter maioria simples dos votos válidos – sem computar os em banco e nulos. Na prática, Horst depende do próprio voto.

O juiz eleitoral, João Regert, corrobora a informação. Segundo ele, caso similar ocorreu nas eleições municipais de 2004, em Coqueiro Baixo, na reeleição de Veríssimo Caumo. Neste caso, por menos votos que ele receba, será considerado prefeito. “No entanto precisa se seguir o rito jurídico e promover as eleições.”

Conforme resolução do Tribunal Regional Eleitoral (TRE) sobre as eleições, a campanha é permitida desde quinta-feira. Sem ter adversários, a coligação direciona as atividades em visita às residências. Comícios, placas de propaganda e som automotivo, não devem ser utilizados devido ao custo e pouco tempo para organização.

De acordo com os candidatos, o plano de governo é semelhante ao utilizado pela atual administração municipal. São propostas, segundo eles, elogiadas pela comunidade no primeiro ano de mandato do ex-prefeito, Gilberto Keller (PMDB).

Especialista alerta

Para o professor e cientista político, Bruno Lima Rocha, há grandes riscos ao município neste tipo de situação. Entre eles, a baixa legitimidade do novo prefeito frente aos líderes partidários da cidade. “Um governo seguido de cassação, eleito dessa forma, pode prejudicar a soberania popular.”

Observa que a oposição, por não ter conseguido disputar espaço, pode tentar inviabilizar o trabalho do Executivo nos próximos três anos. Por ser uma cidade pequena, o grupo político também é limitado e pode manipular todo o serviço público, avalia.

Segundo ele, se a comunidade não for organizada por meio de grupos locais, como de mães e esportivos, a ponto de exigir atuação do poder público, pode haver favorecimento de partes. “Como não há partido de oposição, quem deve buscar seus direitos é a própria população.”

Saiba mais

Nas eleições do ano passado, 106 das 5.565 cidades brasileiras tiveram candidato único. Entre elas, Westfália. Os cinco partidos constituídos optaram por Sérgio Marasca (PT) ao lado do vice Otávio Landmeier (PMDB), repetindo a dobradinha das eleições de 2008. No último pleito, a dupla recebeu 1.855 votos.

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