Falta regulamentação para os taxistas

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Falta regulamentação para os taxistas

A variação dos preços e a ausência de padronização dos táxis afetam os serviços

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Vale do Taquari – A carência de regulamentação para os taxistas prejudica o serviço. Apenas em Lajeado os profissionais são obrigados a utilizar o taxímetro. Nos demais municípios da região, o preço da corrida é definido pelo taxista.

tOutro problema é a falta de padronização dos veículos. Administrações municipais e entidades ligadas à categoria buscam a profissionalização da atividade.

Na quinta-feira, a Associação de Taxistas de Estrela se reúne para discutir a criação de uma lei municipal específica para a categoria. O encontro ocorre às 19h30min, na câmara de vereadores.

Estabelecer um padrão aos veículos e utilizar taxímetro são as principais reivindicações dos associados. Conforme o tesoureiro José Carlos Fagundes, 54, a inexistência do aparelho que marca o preço da corrida faz com que profissionais cobrem a mais pelo serviço.

A entidade foi fundada em agosto do ano passado, com 12 taxistas. Sete meses depois, o número de participantes dobrou. Engloba pouco mais da metade dos 46 profissionais que atuam no município.

Fagundes informa que a adesão é menor no interior. Afirma que cerca de dez pessoas têm táxi, mas não trabalham com o veículo. Se aproveitam das vantagens, como isenção do Imposto Sobre a Propriedade de Veículos Automotores (IPVA) e descontos na compra de novos automóveis.

Motorista de táxi do bairro das Indústrias, Egon Petter, 60, transporta em média cinco pessoas por dia. Relata que o trabalho de transporte é insuficiente para quitar as contas. Ele administra um mercado para aumentar a renda.

Petter é contra a utilização do taxímetro. Justifica que gerará mais tributo para os profissionais. Não participa da Associação de Taxistas de Estrela por acreditar que faltam líderes na entidade.

Conforme o Departamento de Trânsito de Estrela, o valor mínimo da corrida deverá ser de R$ 9. O taxista pode cobrar R$ 1,30 por quilômetro em estrada asfaltada e R$ 1,50 por quilômetro em estrada de chão batido, além de R$ 15 por hora parada.

Teutônia busca reformulação

O Departamento de Trânsito analisa um projeto que reformulará o transporte de táxis no município. No sistema atual, inexiste tabela de preços e os taxistas definem os valores que serão cobrados pelas corridas.

Segundo o diretor de Trânsito, Rodrigo Diogo Fernandes, além de estabelecer a quantia cobrada pela viagem, as normas padronizarão os táxis. Informa que serão realizados treinamentos e trabalhos de conscientização com os profissionais.

Mais de 50 pessoas trabalham com táxis no município. Fernandes garante que há demanda para os taxistas. A procura aumentou nos fins de semana, após a implantação da nova Lei Seca.

Preços variam em Arroio do Meio

Ontem de manhã, a reportagem comparou o custo do serviço de três taxistas. O preço da corrida desde o Centro até o bairro São Caetano (Pa-Rural) variou R$ 2. Um dos profissionais percorreu o trajeto por R$ 10, enquanto outros dois cobraram R$ 12.

Segundo um dos taxistas, a concorrência motiva a mudança de preços. Conta que colegas baixam os valores para conquistar clientela.

A administração municipal tem uma tabela que define os valores por quilômetro rodado em estrada pavimentada e de chão batido, os quais não foram repassados pelo órgão público.

A lei que padroniza os táxis vigora desde outubro de 2010. Todos os veículos que prestam o serviço no município precisam ser da cor cinza e ter uma faixa verde, onde consta a localização do ponto e telefone do profissional.

Os 27 taxistas têm até outubro de 2013 para se regularizarem. O coordenador do Departamento de Trânsito, Luís Fermino Soares, percebe que a maioria dos profissionais aderiu às normas. Para ele, a lei facilita a identificação dos táxis e fortalece a categoria.

Preço indefinido em Encantado

No município inexiste associação de taxistas. Os motorista define o preço do quilômetro rodado, que varia de R$ 1 a R$ 1,25. O valor pode aumentar dependendo do horário e dia da semana.

O taxista Senair Gheno acredita que tabelar os valores seria prejudicial para a categoria. Cita que, com o aumento de táxis, o preço teve queda. “Porém a gasolina subiu. Assim, um reajuste reduziria a clientela. As pessoas de menor renda são as que mais utilizam os serviços.”

A moradora do bairro Santo Antão, Ivete Angela Scheneiders, utiliza táxi para se deslocar até a área central ou rodoviária. Conta que gasta cerca de R$ 5 pelo serviço e classifica o valor como acessível.

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