Um homem foi preso de forma preventiva na quinta-feira, 7, sob suspeita de estar envolvido na morte de Niumar Homercher Lopes, 42 anos, conhecido como Niu. A prisão ocorreu em ação da Polícia Civil de Lajeado, que deteve o indivíduo por homicídio qualificado, roubo majorado, porte ilegal de arma de fogo e supressão de documento.
Lopes morreu em 22 de fevereiro. Ele estava internado na Unidade de Tratamento Intensivo (UTI) do Hospital Bruno Born (HBB) desde 9 de fevereiro. Naquela noite, foi agredido com um golpe de porrete na cabeça, na Avenida Avelino Talini, no bairro Universitário.
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Além da prisão na quinta, foram feitas buscas na residência do suspeito. Em uma operação conjunta com a Delegacia de Polícia de Taquara, efetuadas diligências em Igrejinha e Tramandaí para localizar o coautor do crime, o qual permanece foragido. O detido foi encaminhado ao Presídio Estadual de Lajeado.
Segundo o delegado responsável pelo caso, Humberto Messa Roehrig, os envolvidos não se conheciam. Os suspeitos teriam provocado a vítima, que tentou confrontá-los. Durante o desentendimento, um dos suspeitos tomou o taco de beisebol de Lopes e o agrediu com golpes na cabeça.
Eles fugiram em um Jeep Renegade e estariam armados. Antes de escaparem, os suspeitos roubaram uma gargantilha de uma testemunha e o celular da acompanhante de Niumar, que filmava a situação. O aparelho foi destruído.
Advogado alega legítima defesa
Dos três envolvidos no fato, dois foram indiciados pela Policia Civil. Entre eles, o motorista do veículo usado na noite. Conforme o advogado de defesa, Paulo Rosa, seu cliente não teve envolvimento direto nas agressões e teria incentivado que os demais se apresentassem à polícia.
“O terceiro envolvido, que apontou o simulacro de arma de fogo, não foi sequer indiciado. Meu cliente é o proprietário do veículo e conduzia ele naquela noite. Ele não conhecia a vítima”, reforça o advogado.
Outro envolvido no crime é quem agrediu com golpes de bastão, e este é considerado foragido. “Não compactuo com a forma que esta investigação foi conduzida. Vamos provar legítima defesa”, acrescenta Rosa.
Segundo o advogado, o inquérito policial é falho e indiciou pessoa diversa com o intuito de dar uma resposta rápida a sociedade. “Contudo, acabou por segregar a pessoa que não teve nenhum envolvimento nos fatos.”