Vida longa ao SUS

Opinião

Filipe Faleiro

Filipe Faleiro

Jornalista

Vida longa ao SUS

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Neste país onde as críticas ao sistema público são um esporte nacional, é comum desvalorizarmos qualquer ação que venha dos governos.

Por vezes a população adota discursos e nem percebe o que há por trás deles. Imagina, alguém interessado em comprar um carro. Quanto mais ele for depreciado, menor será o preço.

Quando o assunto é o Sistema Único de Saúde, houve diversas tentativas ao longo das décadas de funcionamento do programa.

Reconheço que o sistema tem suas falhas. Mas, sejamos justos, o SUS é o alicerce de uma saúde para todos, um modelo que muitas nações ainda buscam.

Foto: arquivo

Em um mundo onde a saúde virou uma mercadoria cara, o SUS é uma referência global. Garante atendimento universal, independente de conta bancária ou status social.

Não podemos cair na armadilha de desmerecer todo o sistema público. Temos uma predisposição, quase cultural, de apontar defeitos em tudo, especialmente na gestão pública. Mas, convenhamos, enquanto sociedade, precisamos aprender a reconhecer o que temos de bom.

Ninguém gosta de pagar tanto imposto. Agora, se há algo que vale a pena, que seja para manter um SUS de qualidade. O investimento em saúde é um pacto coletivo pelo bem-estar.

No mês passado, testemunhamos um marco em âmbito federal. A lei aprovada no Congresso e promulgada pelo presidente, estabelece reajustes anuais na tabela de serviços do SUS. Claro, sabemos que não será suficiente para recuperar qos quase 15 anos de defasagem. Ainda assim, trata-se de uma conquista à população.

O SUS é o plano de saúde de todos os brasileiros, uma garantia de socorro nas emergências, como o herói silencioso durante a pandemia. Foi o SUS que, mesmo diante dos desafios, assegurou a vacinação que terminou com o pesadelo da covid.

Educação: A prioridade

Os quase 18 mil alunos da rede pública estadual no Vale retornam às aulas na próxima segunda-feira.

Entre as inúmeras perguntas neste início de ano letivo, destacou uma: quando teremos turno integral?

Essa é a bandeira do governador Eduardo Leite. A promessa de prioridade das prioridades.

Outro fato político marcante foi o pedido de desculpas do presidente Lula ao ex-governador Leonel Brizola. No campo do discurso, Piratini e Planalto estão alinhados neste tema. No entanto, para que essa sinfonia educacional se torne realidade, é imperativo ir além das narrativas políticas.

Pois na realidade, falta muito para termos escolas integrais, pois depósito de aluno não vai resolver. É preciso garantir experiências positivas.

Reportagem do fim de semana mostrou que há muito o que fazer nos prédios dos colégios públicos.

Não é apenas uma questão de espaço, mas sim de criar ambientes propícios para o aprendizado em tempo integral.

Sem espaços adequados para atividades em turno inverso, é preciso encontrar outras soluções. Há muitos anos se fala em convênios com instituições técnicas. Aqui há condições de firmar acordos. Temos a Univates, o Senai, o Sesc. Quem sabe, algo fora da caixa, criar e espaços de coworking, entre alunos e profissionais já no mercado. Empresas podem servir de laboratório.

A educação em tempo integral não deve ser apenas uma frase de impacto. É uma transformação que exige ações práticas. Afinal, aprendizado nunca é demais, e experiências positivas são fundamentais na formação de qualquer indivíduo.


O prefeito de Lajeado, Marcelo Caumo, estava oh, brabão! E não era para menos. Em reunião com representantes da CCR ViaSul, cobrou por agilidade na conclusão das obras da BR-386.

Está demorando demais. Pelo menos quatro prazos apresentados e não cumpridos. Parece obra pública. Algo de errado não está certo na relação entre concessionária e contratada para a duplicação. (OBS: leia com ironia)

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