Mudanças climáticas

Opinião

Luciane E. Ferreira

Luciane E. Ferreira

Jornalista

Mudanças climáticas

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Enquanto o Vale do Taquari se recupera da enchente que assolou diversos municípios, no Norte do país, a seca provoca desastres ambientais não vistos antes. A morte de mais de centena de botos e de peixes acendeu um alerta, segundo a coordenadora do Grupo de Pesquisa em Mamíferos Aquáticos Amazônicos do Mamirauá, Miriam Marmontel. Em entrevista concedida à Rádio Nacional da Amazônia, ela foi enfática ao dizer que os botos são sentinelas da qualidade da água e os primeiros afetados pelas mudanças no ambiente. É uma forma de aviso aos seres humanos. “Se não mudarmos os nossos hábitos, esses eventos vão continuar acontecendo, sinal de mais aquecimento global e de mudança nos parâmetros climáticos.”

Do papel à prática

A secretária do Meio Ambiente e Infraestrutura (Sema), Marjorie Kauffmann, representou a Associação Brasileira das Entidades Estaduais do Meio Ambiente (Abema) na oficina Emergência Climática – As ações federais diante de crescentes desafios, em Brasília. Segundo a secretária, o Rio Grande do Sul aparece entre os dez estados que mais atingiram as metas climáticas. A consolidação dos dados será apresentada na Conferência do Clima (COP 28), que acontecerá no mês de novembro em Dubai.

Embora do RS esteja “bem classificado”, ainda precisamos trilhar um longo caminho, a fim de prever os fenômenos naturais e a sua intensidade e ter, de pronto, um plano de ação. Mais do que isso, é necessário criar meios para conscientizar as pessoas sobre seus hábitos em relação ao ambiente natural. E tudo isso é pra já.

Solo

Com foco no atendimento aos produtores rurais prejudicados pelos ciclones no estado, a Secretaria de Desenvolvimento Rural lançou o Programa de Recuperação da Fertilidade do Solo. O investimento é de R$ 10 milhões. De fato, as propriedades, especialmente às margens do rio Taquari, tiveram o solo lavado com a força d’água, tanto que a mata ciliar foi arrancada. Durante o painel Viver Cidades, na Rádio A Hora, os convidados explicaram que a cheia – sem correnteza – ajuda a nutrir solo, porque a água do rio é muito rica, ao contrário do que aconteceu no início do mês.

Horário de verão, este ano não

Particularmente, não gosto do horário de verão. Custo a me adaptar. O fato é que de 1985 a 2018, os relógios foram adiantados em uma hora para otimizar o consumo de energia elétrica e tentar evitar os apagões no verão. Em 2019, a medida foi extinta pelo então presidente Jair Bolsonaro. E não deve voltar a vigorar. O Ministério de Minas e Energia informa que o Brasil está em boas condições de suprimento energético. Os reservatórios das usinas hidrelétricas estão nas melhores condições de armazenamento de água dos últimos 10 anos.

Jornada na quarta

A 13ª edição da Jornada Técnica Ambiental ocorre nesta quarta-feira, auditório do prédio 11 da Univates. O evento faz parte da ação Viva o Taquari-Antas Vivo e apresentará os cases de ESG das empresas Excelsior Alimentos e Mercur. Inscrições pelo site.

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