Em coletiva de imprensa na tarde deste sábado, o presidente da Languiru, Paulo Birck, alertou para o impacto que o encerramento das atividades da cooperativa causaria à economia e ao caixa de municípios. A organização precisa de aporte financeiro imediato, sob risco de ter que encerrar atividades nos frigoríficos de aves e suínos até 10 de junho.
Junto com a estratégia de redução de operações no campo, nas plantas industriais e no varejo, a Languiru busca sensibilizar o poder público para facilitar o acesso a bancos e a auxiliar na tentativa de reversão do cenário. Para os próximos dias, estão marcadas agendas com agentes financeiros e com a Casa Civil do governo do estado.
Conforme Birck, além das consequências aos cerca de 5,7 mil associados, o fim das atividades afetaria comunidades, comércio e serviços, além de um forte abalo na arrecadação dos municípios. “Estamos fazendo um forte apelo ao poder público. Precisamos de toda a ajuda possível para conseguir chegar às instituições financeiras de uma forma mais direta”, afirmou.
Em 2022, a movimentação de recursos da cooperativa foi de R$ 2,7 bilhões. A geração bruta de tributos é calculada em R$ 221 milhões. O valor adicionado aos municípios onde há operações da Languiru somou R$ 261 milhões. O alerta é para os danos socioeconômicos diante da ausência desses recursos. “Isso pode fazer com que municípios deixem de existir”, disse Birck.
Após reunião com cerca de 400 cooperados, na sede da Associação dos Funcionários, em Teutônia, a diretoria da Languiru anunciou o plano para tentar resgatar a cooperativa. O passivo de dívidas com instituições financeiras é de R$ 788 milhões, e com fornecedores, R$ 374,3 milhões, o que totaliza R$ 1,16 bilhão.
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