A fila de espera para cirurgias no Centro Regional de Oftalmologia chega a mais de 2 mil. A insituição, porém, apresenta ociosidade em seus espaços, revela o diretor-administrativo, Amarildo Dallago. Hoje, são feitos 48 procedimentos por mês, enquanto a capacidade é de 120.
A execução de menos da metade é resultado da falta de recursos. Cada cirurgia de catarata, por exemplo, custa cerca de R$ 1,3 mil. A tabela SUS repassa R$ 771. O restante depende de reforço do governo do Estado. Por vezes, são feitos mutirões a partir de convênios com os próprios municípios.
Com o atual ritmo, seriam necessários cinco anos para a fila terminar. Ao mesmo tempo, há uma demanda crescente média de 50 a 60 novos atendimentos. Em entrevista ao programa Frente e Verso, da Rádio A Hora 102.9, desta quarta-feira, 17, o gestor da instituição e o secretário-executivo do Consórcio Intermunicipal de Serviços (Consisa), Nilton Rolante, detalham o problema.
O contrato com o SUS é o mesmo firmado em 2004. Entretanto, não houve atualização compatível com a inflação. “Precisamos da sensibilidade do Estado e União. É inadmissível estarmos desde 2004 com o mesmo contrato”, dispara o executivo.
O Centro Regional de Oftalmologia funciona no Hospital Beneficente Santa Terezinha (HBST) de Encantado. É responsável por atender 37 municípios da região. Pelo contrato, a unidade deve fazer 1.326 consultas, 5.626 exames e 101 cirurgias oftalmológicas por mês.
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