Preço da soja recua 32,8% em um ano

Opinião

Felipe Neitzke

Felipe Neitzke

Coluna aborda os destaques relacionados ao agronegócio

Preço da soja recua 32,8% em um ano

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Gustavo Adolfo 1 - Lateral vertical - Final vertical

Recorde de produção, demanda internacional acomodada e preços negativos nos portos. São fatores que puxam para baixo o valor da soja. De R$ 185,21 em abril de 2022, os valores pagos por saca reduziram para R$ 124,32 pela cotação desta semana. A queda chega a 32,8%. Cenário que deixa produtores apreensivos, atrelado a altos custos de produção e quebra de produtividade em alguns estados, em especial no RS em decorrência da estiagem.

Na região, não é diferente. A perda chega a 30% por conta da crise hídrica. Com a desvalorização do grão, produtores optam por deixar armazenado na espera por reação do mercado. Segundo especialistas, os preços podem voltar a subir nos próximos meses diante da condição climática nos EUA que devem impactar o resultado nas lavouras.

Se por um lado a queda nas cotações traz temor de perdas aos agricultores, há expectativas quanto à redução dos custos da proteína animal. Criadores de aves, suínos e da bovinocultura enfrentam dificuldade durante a escalada de preço do milho e soja, principais ingredientes da nutrição animal. Ainda é temerário dizer que estamos diante de grandes mudanças no setor de carnes, os reflexos devem surgir somente nos próximos meses.

divulgação

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Languiru ajusta tabela do leite

Em meio à crise e com a industrialização do leite pela Lactalis, a cooperativa anunciou esta semana que promoveu a revisão no valor pago ao produtor. Segundo informado pela Languiru, essa medida atende também a reivindicação de associados diante dos elevados custos de produção. Entre as medidas anunciadas estão quatro bônus pela compra de insumos ao preço base do leite. O ajuste totalizou R$ 0,11 a mais por litro. Há ainda, o pagamento
de até R$ 0,04 pela fidelidade do produtor e outros R$ 0,05 que consideram o aumento de produção.


Reino Unido amplia cotas de importação de aves

Entre os segmentos de carnes, a venda de aves representa melhor desempenho com impulso das exportações. A boa notícia é a ampliação em 20,8% dos volumes das cotas de cortes avícolas. A expectativa é de que a mudança possa adicionar mais de US$ 60 milhões. Demanda deve favorecer inclusive a produção local, ao considerar que no ano passado o RS exportou 11,1 mil toneladas de carne de frango e obteve faturamento de US$ 32,4 milhões. Há também abertura de mercado para a China, uma forma de suprir perdas no mercado interno.


Governo sinaliza para rebate de 35% no crédito rural

Após mobilização de produtores e de líderes do setor em Brasília, o governo federal sinaliza em conceder 35% de rebate em operações de crédito vencidas, vincendas e prorrogadas de custeio pecuário. Pela proposta, as parcelas dos investimentos serão prorrogadas para o último ano do contrato.


Aporte de R$ 850 mil ao setor da erva-mate

O polo ervateiro do Vale do Taquari deve ser contemplado com recursos de um fundo específico do setor. A liberação de R$ 850 mil foi confirmada pelo secretário estadual de Agricultura, Giovani Feltes. A partir desses valores, o objetivo é fortalecer a organização das entidades representativas regionais, a promoção e comunicação, consultorias técnicas, estudos setoriais, além de pesquisas e eventos oficiais. A gestão do plano ficará sob responsabilidade do Instituto Brasileiro da Erva-Mate (Ibramate), com sede em Ilópolis. A aplicação deverá ser feita em um ano, sendo o pagamento em duas parcelas semestrais.

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