2023: expectativas e preocupações em relação ao esporte

Opinião

Clairton “Xis” Wachholz

Clairton “Xis” Wachholz

Professor de Educação Física e gestor do Ceat⁄Bira

Colunista esportivo

2023: expectativas e preocupações em relação ao esporte

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Estamos em outubro, período do ano no qual o setor público e privado ou já definiu, ou está em vias de fechamento do orçamento para o ano seguinte. As instituições esportivas, salvo exceções, dependem de ambos os setores para dar continuidade nos seus projetos. Elas precisam estar focadas nestas definições orçamentárias, mesmo que estejam na reta final dos campeonatos de 2022. Neste sentido, vem o questionamento: E como será o ano de 2023 do ponto de vista do esporte? Quais expectativas podemos ter?

Quando falo nós, não estou pensando exclusivamente no basquete e vôlei do CEAT/Bira, mas da ALAF, do Lajeadense, do Nacional F.C. nas categorias de base entre outras agremiações e modalidades esportivas.

A nível municipal, temos certeza de que será mantido o apoio do poder público, por meios das parcerias dos Projetos da SECEL. Porém, a nível estadual e federal, não temos definição nenhuma, o cenário é de total insegurança em razão das incertezas políticas de continuidade ou não em 2023. Esse cenário que nos apresenta afeta as organizações esportivas profundamente. Como ficarão as políticas públicas e leis de incentivo ao esporte a nível estadual e nacional?

E pior de tudo: o setor privado, que é fundamental na engrenagem esportiva, como está se comportando neste momento orçamentário? Vai manter seus investimentos em marketing esportivo ou esporte social?

Bem, não podemos esquecer que o posicionamento do setor privado impacta não somente nos seus investimentos diretos, mas também nas suas adesões a projetos ligados à lei de incentivo.

Não estou aqui querendo enfatizar a relevância do trabalho de categorias de base em relação à equipe adulta/profissional, mas sim evidenciar que os orçamentos são completamente diferentes, ficando muito mais complicado e trabalhoso desenvolver o esporte profissional neste cenário de insegurança.

O CEAT/Bira no momento está focado no trabalho social e categorias de base, mas num futuro muito próximo estaremos de volta ao cenário adulto.

Ao pensarmos que hoje representamos mais de 430 alunos/atletas (basquete e vôlei), este cenário descrito acima preocupa muito. E, ao mesmo tempo, aumenta nossa responsabilidade e nos dá força e perseverança para continuarmos na luta para ver o esporte desenvolvido na nossa cidade. Cada vez mais forte, com um expressivo número de crianças/adolescentes atendidos.

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