“É uma espécie de segunda rodada de um jogo que foi bastante acirrado na primeira partida”

ELEIÇÕES 2022

“É uma espécie de segunda rodada de um jogo que foi bastante acirrado na primeira partida”

O doutor e professor de história, Mateus Dalmáz, concedeu uma entrevista a Rádio A Hora 102,9

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“É uma espécie de segunda rodada de um jogo que foi bastante acirrado na primeira partida”
Mateus Dalmaz. (Foto: Rodrigo Gallas)
Lajeado
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Para o doutor e professor de história da Univates, Mateus Dalmáz, as eleições de 2022 não estão tão acirradas quanto em 2018. Dalmáz participou de uma entrevista na Rádio A Hora 102.9 neste domingo, 2, e acredita que há quatro anos o Brasil vivia um momento mais difícil.

“Naquele momento, havia uma radicalização como poucas vezes se viu. A eleição deste ano parece uma espécie de continuação daquela, entretanto, com uma espécie de amenização dos ânimos”, comentou.

Conforme o professor, o campo político de Bolsonaro, de radicalização, não tem tradição na política do país. Isso porque as grandes polarizações da democracia haviam ocorrido em campos políticos mais ao centro do campo político.

Para Dalmáz, a grande novidade na história política brasileira é a ausência de um candidato de centro-direita, como ocorria com o PSDB.  “Considerando a tradição da política brasileira, o eleitor tem um perfil menos extremista que em outras regiões da América Latina”, pontua.  Agora, o doutor em história prevê um cenário de retorno à tradição da política colisão, diálogo e centralização.

Congresso Nacional

Para o professor, outra questão que merece atenção é o legislativo. “Existe um fenômeno de desgaste profundo dos partidos […]. Mais do que nunca, a campanha dos candidatos ao Legislativo foca no nome dos candidatos, e praticamente desaparece o nome das siglas”, conta.

Isso faz com que se tenha uma composição multifacetada no Congresso, o que permite que os que ocorram mais conchavos e acordos políticos sejam políticos. “Não há como governar sempre uma base  aliada sólida no Congresso”, afirma.

 

Ouça a entrevista na íntegra

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