A apresentação dos dados da revisão do Plano Municipal de Saneamento Básico revelou o planejamento do município para os próximos 20 anos. O estudo estima que serão necessários quase R$ 220 milhões para implementar as ações, divididas em 19 programas. São previstas 104 ações, de curto, médio e longo prazo.
As metas visam o equilíbrio do saneamento básico em Teutônia, dentro de um cenário considerado possível, “onde se faz com o recurso que há disponível no município, dentro do planejamento financeiro”, nas palavras da diretora da Lógica Assessoria Ambiental, Simone Schneider. “Aquilo que nós encontramos como necessidades de melhorias e as oportunidades que foram elencadas no processo fazem parte deste prognóstico.”
Um dado apresentado na análise preliminar aponta o aumento populacional como aspecto fundamental para estabelecer as metas. A estimativa é que a cidade passe dos 50 mil habitantes até 2043, ao final do prazo definido para o plano – uma curva crescente na área urbana, enquanto a população tende a diminuir na zona rural.
No campo do esgotamento sanitário, considerado o maior desafio do município, um programa vai direcionar todas as ações previstas no plano. Chamado “Esgotamento Integrado”, o projeto prevê, entre outras medidas, o auxílio às famílias carentes para a construção de fossas sépticas – cinco por ano, com custo de R$ 13 mil.
Outro ponto destacado é a fiscalização do lançamento irregular de esgotamento doméstico, que deverá ser implementada pelo município em até três anos. “Nas visitas a campo, encontramos esses pontos de lançamento in natura. Então, existe essa necessidade de correções”, ressaltou Simone. O investimento total no tratamento de esgoto será o maior do plano, com mais de R$ 110 milhões.
Distribuição de água
O abastecimento de água receberá melhorias, com cinco programas definidos. Entre as ações, a regularização dos poços artesianos e limpeza semestral dos reservatórios custará mais de R$ 1 milhão.
Também serão trocados reservatórios em sete localidades, até o segundo ano de vigência do plano. Incentivar a implantação de cisternas para coleta de água da chuva é outra medida apontada, com custo de R$ 80 mil para construção de 20 estruturas.
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