O município segue com as iniciativas para adequação ao Novo Marco Legal do Saneamento. Hoje, às 19h, na câmara de vereadores, ocorre mais uma audiência pública, onde serão levadas à população as informações derivadas do diagnóstico. O primeiro encontro com a comunidade foi no início de julho e o principal aspecto destacado foi a necessidade de melhorias no sistema de esgoto.
Nesta etapa, o objetivo é apresentar as metas do Plano Municipal de Saneamento Básico. Os prognósticos valem para os próximos 20 anos, destaca Simone Schneider, diretora técnica da Lógica Assessoria Ambiental, empresa que fez o levantamento das informações em Teutônia. As ações são divididas pelo prazo de conclusão: imediata, curto, médio e longo prazo.
Uma das ações a serem feitas de forma imediata é a atualização da política de saneamento. Se a cidade é avaliada como exemplar em aspectos como a distribuição de água, por outro lado a falta de mecanismos para mapeamento na área rural e de controle das perdas demandam maior atenção do governo. “O município tem muitas ações sendo praticadas, porém necessitam de aprimoramento”, pondera Simone.
Algumas áreas de vulnerabilidade devem ser priorizadas. No diagnóstico foram identificados 20 residências locais com risco de inundação e outras sete sujeitas a deslizamento de terra – dados obtidos junto a Companhia de Pesquisa de Recursos Minerais (CPRM). “Encontramos muitas bocas de lobo fechadas e até cimentadas. Outras com lixo, como garrafas pet. O levantamento também trouxe essas realidades”, diz.
Necessidade de investimentos milionários
Na sessão do Legislativo, na terça-feira, 9, alguns pontos entraram em debate. Um deles foi a preocupação dos vereadores com o valor a ser investido pelo município no período de abrangência do plano.
A estimativa inicial é de um custo de quase R$ 220 milhões na implementação das ações de adequação ao Novo Marco Legal do Saneamento. Simone explica que o planejamento tem um formato que inclusive permite revisar as projeções financeiras.
A Associação Pró-Desenvolvimento de Languiru (APDL) tem um projeto para instalação de uma estação de tratamento de esgoto para a área urbana. Desta iniciativa parte boa parte dos custos do plano, onde quase 200 quilômetros de rede coletora serão construídos. O investimento nestas estruturas deve chegar aos R$ 90 milhões.
Estação para minimizar problemas com esgoto
A área para instalação da estação foi definida, adquirida pelo governo e repassada para a entidade. O objetivo é resolver o problema com o esgotamento sanitário no município. Pontos com contaminação foram identificados nos bairros Canabarro e Teutônia. Cerca de 80% das residências são atendidas por fossa séptica e 1,8% dos resíduos são dispensados na canalização de rede pluvial, conforme informações do Censo 2010.
Quatro eixos do Saneamento Básico
• Abastecimento de água
• Esgotamento sanitário
• Drenagem pluvial
• Tratamento de resíduos sólidos
