Sartori segue na ponta, mas perde vantagem em pesquisa ao Senado

PENSAR ELEIÇÕES 2022

Sartori segue na ponta, mas perde vantagem em pesquisa ao Senado

Ex-governador é o mais citado tanto na consulta espontânea quanto na estimulada. Percentual de indecisos passa de 85% em um dos cenários

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Sartori segue na ponta, mas perde vantagem em pesquisa ao Senado
Ao todo, são 81 senadores que atuam em Brasília. Mandatos são de oito anos. Crédito: Divulgação
Estado
Gustavo Adolfo 1 - Lateral vertical - Final vertical

O cenário para a disputa do Senado ainda é incerto. Com poucos pré-candidatos declarados ao pleito, possíveis nomes despontam entre a preferência do eleitorado. A pesquisa do Instituto Methodus, contratada pelo Grupo A Hora, reflete este panorama.

O percentual de eleitores da região que ainda não sabem em quem votar cresceu na pesquisa espontânea, no comparativo com o levantamento feito em março. Antes, eram 82,7%. Agora são 85,7%. Ou seja, menos de 15% dos entrevistados informaram sua preferência para o cargo. Os brancos e nulos também cresceram e chegaram a 3,3%, na pesquisa espontânea.

Ex-governador do RS, José Ivo Sartori (MDB) lidera em ambos os cenários, ainda que não seja, de forma assumida, um pré-candidato.. Na primeira, passou Lasier Martins (Podemos), mas soma apenas 3,9%. Na segunda, caiu de 26% para 23,5%.

Martins, que busca a reeleição, também oscilou negativamente nas duas pesquisas e perdeu terreno para outros pré-candidatos. Nomes como Ana Amélia Lemos (PSD) e General Hamilton Mourão (Republicanos) cresceram na estimulada. Fora do primeiro levantamento, Comandante Nádia (PP) estreia com quase 8% na preferência dos eleitores regionais.

A pesquisa integra o projeto “Pensar Eleições – Desperta Vale do Taquari”, desenvolvido pelo Grupo A Hora em parceria com a Univates. Ao todo, foram ouvidas 300 pessoas no levantamento, entre os dias 12 e 15 de julho, nos municípios de Arroio do Meio, Encantado, Estrela, Lajeado, Taquari e Teutônia.

A margem de erro é de 5,7% para mais ou para menos. Sobre os resultados, o nível de confiança é de 95%. A consulta aos eleitores está registrada no Tribunal Superior Eleitoral (TSE), sob o número: RS-01365/2022. Confira o levantamento completo no jornal A Hora desta quinta-feira, 21, ou na edição digital.

Disputa secundária

Na avaliação do diretor de projetos do Instituto Methodus e filósofo e pesquisador em comportamento político, José Carlos Sauer, o cenário atual aponta para uma desatenção do eleitor quanto à disputa ao Senado. Entende que somente com a campanha próxima do fim é que ocorra a definição do voto.

“Devido a polarização, o eleitor dá mais atenção à disputa presidencial. Essa ocupa mais a sua mente. As demais dependem da concretização das candidaturas e com o Senado não é diferente. Se torna uma disputa mais secundária”, analisa Sauer.

Cargo importante

O desleixo do eleitor quanto à disputa ao Senado Federal não condiz com a importância do cargo em disputa. Decisões importantes são tomadas nesta casa, que compõe o Congresso Nacional junto à Câmara dos Deputados. São 81 senadores em atuação, sendo três por estado.

“A Câmara é mais política, enquanto o Senado se constitui num guardião da Constituição. É mais técnico e pode verificar sobre crimes de responsabilidade de presidente, vice, de ministros, e abrir investigação contra membros do STF e STJ”, comenta o advogado Fábio Gisch, especialista em direito eleitoral.

O fato do mandato ser de oito anos, conforme Gisch, contribui para o distanciamento do senador em relação a população. “Apesar de existir, a possibilidade do senador conseguir emendas é muito raro, não é de sua atribuição. Por isso você não vê vereadores pedindo voto para senadores. E ainda tem a questão da fidelidade. Ele pode trocar de partido sem o risco de perder o mandato”, frisa.


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