Julho sem plástico

Opinião

Luciane E. Ferreira

Luciane E. Ferreira

Jornalista

Julho sem plástico

Por

Vale do Taquari
Gustavo Adolfo 1 - Lateral vertical - Final vertical

O plástico descartado em aterros sanitários ou na natureza leva 450 anos para se decompor. Quando chega aos oceanos, é uma das principais causas de morte de tartarugas e outros animais marinhos. Algumas espécies, como a tartaruga-verde e a de couro não seguem suas presas. E, facilmente, confundem pedaços de plásticos com as águas-vivas, principal alimento.

Crédito: Arquivo/A Hora

Para conscientizar sobre a importância da redução do uso de plástico, a australiana Rebecca Prince-Ruiz, uma das principais ativistas ambientais do mundo, lançou, em 2011, a campanha Plastic Free July (Julho sem Plástico) O objetivo é único e se repete a cada ano: reduzir o consumo e a poluição plástica.

Quanto plástico passa por nossas mãos?

Sinceramente, não sei quanto plástico passa por minhas mãos e chega ao aterro sanitário no bairro Conventos – seja para ser reciclado ou enterrado. Deve ser muito mais que o necessário.

De acordo com o WWF (Fundo Mundial para a Natureza), o Brasil é o quarto maior produtor de lixo plástico do mundo e recicla apenas 1,2%. O recordista em produção é os Estados Unidos, que recicla em torno de 9%.

Segundo o estudo do WWF, o volume de plástico que vaza para os oceanos todos os anos é de aproximadamente 10 milhões de toneladas.Está mais do que na hora de trocar a sacola plástica por de pano, escolher produtos com embalagens recicláveis ou com o mínimo de plástico possível.

Califórnia endurece legislação

A Califórnia, nos Estados Unidos, assinou, recentemente, uma legislação mais severa e impôs redução de 25% de plásticos em produtos de uso único até 2032.

A redução pode ser alcançada diminuindo o tamanho da embalagem e mudando para recipientes recarregáveis ou feitos de outros materiais, como papel reciclável ou alumínio.

A lei determina a reciclagem de 30% do plástico até 2028. A meta para 2032 é 65%. Também transfere o custo da reciclagem para a indústria dos municípios e seus contribuintes – responsabilidade estendida do produtor (EPR, na sigla em inglês).

O modelo é usado na União Europeia (UE) desde a década de 1990 e é creditada por aumentar as taxas de reciclagem mais altas na Europa Ocidental, que giram em torno de 40%.

Ainda na Califórnia, a indústria criará um fundo de 5 bilhões de dólares na próxima década para ajudar comunidades de baixa renda afetadas pelos efeitos da poluição plástica.


Pingos d’água

– Lajeado inaugura na quinta-feira mais um ponto de venda de orgânicos direto da propriedade. A venda semanal será no bairro São Cristóvão, Rua Piauí, no mesmo local onde ocorria a feira do produtor rural. Cinco feirantes vão oferecer produtos orgânicos sempre às quintas-feiras das 14h30 às 17h30.

– A Feira Regional de Agricultores Ecologistas, na Praça João Zart Sobrinho, Rua Quintino Bocaíuva, no bairro Americano, continua às segundas-feiras, das 15h às 18h30. Assim como segue a venda de orgânicos na banca do Daniel, na Feira do Produtor Rural, rua Santos Filho esquina João Abott, às terças e sextas-feiras, das 14h às 18h30.

– Portugal, Espanha, Itália e França enfrentam forte onda de calor e incêndios florestais em série. A situação deixa a Europa Ocidental em alerta. Documento publicado em fevereiro deste ano pelo Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (Pnuma) alerta que alterações climáticas e mudanças no uso da terra tornam os incêndios florestais mais frequentes e intensos, com aumento previsto de até 14% em 2030, 30% até o final de 2050 e 50% até o fim do século.


Meio Ambiente no “O Vale em Pauta”

Quando: sexta-feira, 22, às 12h, na Rádio A Hora 102.9

Convidada: Gilmara Scapini, coordenadora da Parceitos Voluntários de Lajeado.

Tema: Seminário Ambiental e Jornada Técnica Ambiental

 


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