A redução no quadro de clínicos da rede pública de Lajeado interfere sobre os atendimentos tanto eletivos quanto de emergência. Dos 28 profissionais de medicina geral, disponíveis no início do ano, houve oito saídas. Como resultado, demora para agendamento de consultas. Em alguns casos, essa espera chegava a 45 dias.
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Para garantir mais previsibilidade aos pacientes e diminuir o tempo entre a chegada no posto de saúde e a consulta, a Secretaria de Saúde prepara uma série de alterações. Começa com a contratação de mais quatro médicos. Em seguida, somam-se mudanças estratégicas, com um sistema de triagem adaptado do protocolo de Manchester. Junto com isso, uma agenda eletrônica padrão, interligando toda a rede de atendimento.
Esse reordenamento das consultas foi apresentado às equipes e aprovado, afirma o secretário de Saúde, Claudio Klein. Houve períodos de treinamento nos últimos 20 dias. O teste do formato começa nesta segunda-feira, 18 de julho.
“Vamos ter uma classificação por cores, parecido com o que temos na UPA e no pronto-socorro do HBB”, antecipa. Por meio deste critério, junto com a agenda eletrônica, será possível diminuir o tempo de espera e, em caso de maior gravidade, encaminhar a consulta em até 72h.
Para conseguir essa mudança, houve um aumento de 25% nas horas médicas por semana, diz Klein. “Desde janeiro temos uma demanda maior de atendimento em toda a rede. Primeiro com o surto de covid, depois de dengue e com as viroses precoces de inverno. Reconhecemos as dificuldades à população. Fizemos diversos movimentos internos para reduzir isso, inclusive com mudança na remuneração médica para atrair mais profissionais.”
Dados da UPA mostram que foram cerca de 47 mil atendimentos de janeiro a maio. O número é quase 40% superior à capacidade projetada pelo Ministério da Saúde. O ideal seria de no máximo 7 mil consultas por mês, informa Klein.