Ações de sensibilização são importantes, mas a educação ambiental deve ser exercitada dia a dia até se tornar parte da cultura da comunidade. Essa foi uma das conclusões do debate “Consciência ambiental e engajamento das novas gerações”, do projeto Viver Cidades, que foi ao ar ontem, 25, na Rádio A Hora 102.9.
Participaram do programa a bióloga, coordenadora de Centro de Educação Ambiental de Lajeado, Edith Ester Zago de Mello, o diretor da Escola Estadual Adolfo Mânica, de Boqueirão do Leão, Leonardo Fernandes, e a engenheira ambiental, diretora do Departamento do Meio Ambiente de Estrela, Tanara Schmidt.
Para os entrevistados, trabalhar temas relacionados à preservação ambiental com crianças e adolescentes é fundamental. Para que o trabalho seja efetivo, é necessário o apoio de todas as esferas da comunidade: administração pública, iniciativa privada, escolas e famílias.
Envolvimento da comunidade rural
O diretor Leonardo vê os resultados dessas parcerias na prática. Na escola Adolfo Mânica, o histórico de ações ambientais é longo. O projeto “Vida no Campo”, criado em 2015, é desenvolvido em parceria com a Universidade Federal de Santa Maria (UFSM) e a Associação dos Fumicultores do Brasil (Afubra).
Conforme Fernandes, os trabalhos são elaborados em parceria com a comunidade. “Trabalhamos muito com pesquisas socioantropológicas, que consiste em conhecer a comunidade, os alunos. Nós vivemos lá, conhecemos as pessoas, mas através do questionário orientado conseguimos entender o que os pais percebem como importante”, conta.
Para o professor, a vivência na área rural facilita o entendimento sobre a importância da preservação ambiental. “Nós temos um problema recorrente na comunidade de falta de água, por isso que o Projeto Nascentes surgiu”, exemplifica.
Em março, um grupo de estudantes apresentou o projeto “Abelhas: pequenas ações, grandes lições”, na Expoagro Afubra, em Rincão del Rei, em Rio Pardo. A instituição também mantém o grupo Guardiões do Meio Ambiente. E, agora, institui a Estufa Sementeira. Há anos os estudantes plantam mudas, mas hoje, alunos e professores também fazem o processo com plantas nativas.
Sala Verde e Centro de Educação Ambiental
Conforme Tanara Schmidt, atividades da Sala Verde desenvolvidas com estudantes de escolas municipais, a partir de agora, também ocorrerão com escolas estaduais. “Os jovens são aliados para expandir educação ambiental. Nas escolas, temos, por exemplo, projetos de coleta de óleos de cozinha”, conta.
Atividades semelhantes são desenvolvidas pelo Centro de Educação Ambiental, que, além das ações pontuais, envolve o projeto Guardiões Ambientais Mirins, que trabalha com crianças por um período mais longo “Esse é um papel interessante que as escolas têm, porque estão com os alunos por mais tempo e conseguem inserir essa temática no contexto escolar”, salienta.
Semana do meio ambiente
No dia 5 de junho é comemorado o Dia do Meio Ambiente. Estrela e Lajeado têm programações ao longo da semana, que incluem visitação aos aterros sanitários. “Nós temos a Usina de Tratamento de Lixo (UTL) e levamos os adultos para visitar para ver o caminho que o lixo faz, desde a segregação manual até o que vai para o aterro”, conta Tanara.
Em Estrela, acontece também o evento “Passarinhar”, em que a comunidade é convidada a observar as aves da cidade, acompanhados de biólogos. Em Lajeado, a programação inclui palestras, plantio de árvores e limpeza de arroios. As programações completas podem ser conferidas nas redes sociais do Departamento do Meio Ambiente de Estrela e no Centro de Educação Ambiental de Lajeado.
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