Usinas reduzem impactos e otimizam obra na BR

DUPLICAÇÃO DA BR-386

Usinas reduzem impactos e otimizam obra na BR

Placas fotovoltaicas instaladas no entroncamento com a ERS-130, em Lajeado, produzem energia limpa para abastecer serviços ao longo da rodovia. No trecho de Estrela, unidade da CCR ViaSul produzirá asfalto próprio com reaproveitamento de materiais

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Usinas reduzem impactos e otimizam obra na BR
Placas foram instaladas em Lajeado no fim de 2019. Usina é a maior produtora entre as nove implementadas pela CCR em rodovias gaúchas (Foto: Mateus Souza)
Gustavo Adolfo 1 - Lateral vertical - Final vertical

Rodovias seguras e bem iluminadas, asfaltos com material reaproveitado e câmeras de monitoramento de largo alcance impulsionadas pela fibra óptica. As estradas federais sob concessão da CCR ViaSul desde 2019, entre elas a BR-386, passam por uma série de melhorias que vão além das obras de infraestrutura. Visam a sustentabilidade, economia e a segurança dos usuários.

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Quem cruza a rodovia, no entroncamento com a ERS-130, em Lajeado, percebe equipamentos fixados nos canteiros do trevo, no quilômetro 344. São placas que compõem a usina fotovoltaica instalada pela concessionária há pouco mais de dois anos. O sistema de captação transforma luz solar em eletricidade.

Conforme dados da CCR, das oito usinas implementadas nas quatro rodovias sob sua concessão, a de Lajeado é responsável pela maior produção mensal de energia solar. São quase 100 mil quilowatts-hora. Logo atrás, está a estrutura ainda em instalação em Canoas, na BR-448, conhecida como Rodovia do Parque.

Segundo o gerente de energia elétrica do Grupo CCR, Moisés Sathler, os benefícios que a produção de energia na usina de Lajeado podem ser percebidos a dezenas de quilômetros. “Ela concentra um volume maior de placas e direciona estes créditos de energia para as cargas distantes. Isso alcança as câmeras que monitoram a rodovia, os painéis eletrônicos, as bases de usuários e a própria iluminação da rodovia”, frisa.

O investimento na unidade foi de R$ 1,9 milhão e a escolha se deu a partir de um estudo de viabilidade técnica, ambiental e financeiro elaborado pela empresa. “A usina de Lajeado produz um volume muito expressivo. A contribuição que ela dá para o sistema como um todo é muito representativa, comparada com as outras oito”, cita Sathler.

Energia renovável

A construção das usinas fotovoltaicas não está entre as obrigações contratuais da concessão das quatro rodovias federais, assinado em 2018. Mas integra o programa de inovação promovido pelo Grupo CCR, com o objetivo de utilizar energia renovável nas estradas. São oito em operação, sendo que seis foram instaladas em 2020.

Segundo Sathler, elas proporcionam menor risco de interrupção no fornecimento de energia, além de trazer benefícios ao meio ambiente por se tratarem de uma fonte de energia limpa e sustentável. A vida útil de cada complexo é de 25 anos. Até 2026, a expectativa é que as usinas alcancem potencial para reduzir a emissão de dióxido de carbono em mais de mil toneladas por ano.

“No nosso plano de desenvolvimento trabalhamos com a questão de inovar no setor energético. O Rio de Janeiro foi o percursor e o Rio Grande do Sul vem na sequência. À medida que a carga crescer, colocaremos em prática a colocação de mais placas ou construção de outras fazendas solares”, destaca.

Onde estão as usinas fotovoltaicas da CCR ViaSul

BR-101
km 35 – Pedágio de Três Cachoeiras
Produção: 9,6 mil kWh

BR-290 (Freeway)
km 19 – Pedágio de Santo Antônio da Patrulha
Produção: 9,9 mil kWh
km 53 – Glorinha
Produção: 87,7 mil kWh
km 60 – Pedágio de Gravataí
Produção: 10,3 mil kWh
km 91,2 – PRF Porto Alegre
Produção: 55,2 mil kWh
km 91,6 – Associação PRF Porto Alegre
Produção: 44,1 mil kWh

BR-448 (Rodovia do Parque)
km 10 – Canoas
Produção: 84 mil kWh (em implantação)

BR-386
km 344 – Lajeado
Produção: 97,1 mil kWh
km 203 – Pedágio de Victor Graeff
Produção: 10,8 mil kWh

Segurança reforçada

Desde o começo do ano, estão em operação as câmeras de monitoramento instaladas na BR-386. São mais de 200 unidades, o que representa um aparelho a cada 1,2 quilômetro. Esta era uma exigência no contrato firmado com a Agência Nacional de Transportes Terrestres.

As imagens são transmitidas para o Centro de Controle Operacional da empresa, localizado na BR-101. Elas servem para dar mais agilidade no atendimento aos motoristas, além de proporcionar acesso em tempo real para monitoramento do tráfego e informar socorristas em caso de acidentes.

A instalação das câmeras foi viabilizada pela implementação do sinal de fibra óptica em toda a rodovia. O investimento total por parte da CCR foi de cerca de R$ 15,5 milhões.


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