Novo Homem-Aranha é a realização do sonho de todo fã

Lançamento

Novo Homem-Aranha é a realização do sonho de todo fã

Filme entrega carga dramática inédita da fase do MCU, finaliza uma jornada e aponta uma correção de rumo para o futuro - além de ser repleto de fanservices

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Novo Homem-Aranha é a realização do sonho de todo fã
"Homem-Aranha: Sem Volta Para Casa" (Divulgação/Sony Pictures)
Gustavo Adolfo 1 - Lateral vertical - Final vertical

Desde que começaram os primeiros boatos sobre “Homem-Aranha: Sem Volta Para Casa”, que chegou oficialmente aos cinemas nesta quinta-feira (16), iniciou também uma das maiores redes de especulação e projeção por parte dos fãs do personagem – que, convenhamos, não são poucos. Pela experiência proporcionada, tudo que foi almejado, foi entregue.

Na trama, que parte exatamente de onde o filme anterior parou, Peter Parker (Tom Holland) tem sua identidade secreta revelada para o mundo todo. Além da fama indesejada, das falsas acusações de assassinato e da perseguição da imprensa, o herói adolescente também precisa ver a vida das pessoas que ama ser impactada negativamente.

MJ (Zendaya) e Ned (Jacob Batalon) são vistos como cúmplices do Homem-Aranha e veem a chance de entrar para a faculdade ir pelo ralo, por exemplo. Este é um cenário interessante, se levarmos em consideração que é a primeira vez que, na prática, vemos essa versão do herói sentir o peso de suas ações.

Muito criticado pelo apadrinhamento recebido por Tony Stark (Robert Downey Jr.), esta versão do MCU – que já apareceu em cinco filmes desde 2016 – estava consideravelmente distante de elementos que são centrais ao cânone do Homem-Aranha. Além dos poderes de aranha, este Peter Parker sempre contou com a tecnologia Stark como elemento facilitador de sua trajetória.

Aspectos como a dificuldade de manter uma vida dupla, a conexão com o urbano, a solidão, a falta de dinheiro – certo momento Peter reflete “sou a pessoa mais famosa do mundo e continuo pobre” – e, principalmente, o trauma passavam longe da vida deste Homem-Aranha. Até este filme.

Aterrorizado pela exposição, Peter procura o Doutor Estranho (Benedict Cumberbatch) para pedir ajuda. A partir deste ponto, quando o mago supremo lança um feitiço que fará com que as pessoas esqueçam a identidade secreta do Homem-Aranha, é que o filme começa a andar. Atrapalhado pelo próprio herói, Estranho erra o feitiço e começa a trazer para aquela realidade vilões de outros universos.

Sim. O conceito de Multiverso é central à trama. A ideia de que existem diversas realidades com outras versões dos personagens, mas com ligeiras diferenças, fundamenta toda a jornada do filme. E é o que o faz tão especial.

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Os vilões que apareceram em outras encarnações do herói, como Electro (Jamie Foxx), Duende Verde (Willem Dafoe) e Doutor Octopus (Alfred Molina), retornam e são os antagonistas da trama. E esta dinâmica é um gatilho para um dispositivo muito comum nas histórias em quadrinhos: o retcon.

No caso, uma correção na história até então conhecida para alterar os caminhos que serão seguidos no futuro. E este movimento se inspira numa polêmica HQ de 2007 do herói, “Um Dia A Mais”, mas o faz de uma forma muito mais assertiva.

A partir de agora é complicado avaliar a obra sem spoilers, mas, dentro do possível, é essencial apontar o quanto o filme entrega o que os fãs querem há algum tempo. A sensação é de que a Sony e a Marvel ficaram debruçadas sobre comentários na internet a fim de construir uma obra que contemplasse todos os desejos da audiência. E, sim, isso foi alcançado.

Pelo fanservice, aquelas intermináveis referências que soam como piscadelas do filme para seu público mais engajado, mas principalmente pela correção de rumo na trajetória do personagem – que, literalmente, emociona e faz chorar. O Peter Parker de Tom Holland vai, enfim, aprender as lições que são essenciais ao personagem – e pelo exemplo de mais de uma pessoa.

Diante de tantas coisas tocantes expostas na tela e a conexão com leituras anteriores do personagem, fica evidente o quanto o diretor Jon Watts está aquém dos seus predecessores, Sam Raimi e Marc Webb, autores das duas outras franquias do personagem. Cenas de ação são dirigidas de forma equivocada e todo o potencial que poderia ser alcançado fica no meio do caminho. O surpreendente é que, ainda assim, é muito bonito – e, de novo, emocionante – ver algumas coisas na tela.

A aventura em si certamente é o que motivará grande parte do público a ir aos cinemas. E isso vale à pena. Porém, o que torna “Homem-Aranha: Sem Volta Para Casa” uma obra tão especial é sua conexão com gerações de fãs do personagem que verão toda sua experiência passada resgatada e validada de uma forma nunca vista antes. Mais, indica essa correção de rumo que faz com que se tenha a certeza de que o que estamos vendo é o Homem-Aranha de verdade – inclusive visualmente.

Assista ao filme. Você vai gostar.

Assista ao trailer:


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Galeria

MJ (Zendaya) and Spider-Man jump off the bridge iin Columbia Pictures' SPIDER-MAN: NO WAY HOME. Tom Holland é a estrela de Spider-Man from Columbia Pictures' SPIDER-MAN: NO WAY HOME. Tom Holland, Zendaya and Jacob Batalon in Columbia Pictures' SPIDER-MAN: NO WAY HOME. Spider-Man and Electro in Columbia Pictures' SPIDER-MAN: NO WAY HOME. Alfred Molina as Doc Ock in Columbia Pictures' SPIDER-MAN: NO WAY HOME. Electro from Columbia Pictures' SPIDER-MAN: NO WAY HOME. Green Goblin from Columbia Pictures' SPIDER-MAN: NO WAY HOME. Electro, Sandman and Lizard from SPIDER-MAN: NO WAY HOME.

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