Prefeitos dos maiores municípios do Vale do Taquari comentaram o anúncio do governo estadual sobre a obrigatoriedade de comprovante de vacinação para acesso a bares, academias, eventos esportivos e ambientes de aglomeração. Todos gestores seguirão a regra estipulada pelo Estado, mas a grande maioria manifesta divergência à norma.
Para o prefeito de Lajeado, Marcelo Caumo, o município está em outro estágio e não adotaria a medida, caso fosse optativa. “As atividades estão funcionando, com um controle efetivo sem necessidade de um passaporte vacinal”.
O secretário de Saúde de Arroio do Meio, Gustavo Kasper, também disse que a medida será adotada porque apenas pela obrigatoriedade. Mesma postura do prefeito Jonas Calvi, de Encantado, que destaca o ritmo de vacinação do município.
“Seguimos os protocolos sanitários e hoje não temos nenhum encantadense internado nos leitos clínicos do hospital ou na UTI. Por isso vamos acatar a determinação do governo, embora não concordamos”.
O secretário de saúde de Estrela, Celso Kaplan, também lembra do alto índice de cidadãos vacinados na região e pede que uma decisão regional seja tomada junto a Associação dos Municípios do Vale do Taquari (Amvat). “Espero que o Estado leve em conta o esquema vacinal dos municípios do Vale”, afirma.
Municípios favoráveis
Em nota à imprensa, Teutônia diz ser favorável ao passaporte vacinal. Já em Taquari, o prefeito André Brito afirma que desde o dia 1º de outubro segue todos os protocolos estaduais em relação a pandemia.
“Os espaços voltarão a ser ocupados de uma forma mais livre”. Ele destaca, porém, que dentro o decreto estadual deverá ocorrer a comprovação da vacinação.
Posição da Amvat
O presidente da Amvat e prefeito de Santa Clara do Sul, Paulo Kohlrausch, afirma que a entidade não possui posição fechada sobre o assunto. Ele pondera sobre a dificuldade em fiscalizar a medida. “Nós temos que ter condições de fazer cumprir. Criar decretos e estruturas de controle apenas para dizer que tem não é o mais adequado”.
