309 é o número!

Opinião

Jonas Ruckert

Jonas Ruckert

Diretor do Colégio Teutônia

Assuntos e temas do cotidiano

309 é o número!

Por

Teutônia
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Poderia ser uma equação, mas é uma conquista: 7, 8 e 6 somam 21, o número de medalhas trazidas de Tóquio. Mas nem tudo é ouro, prata ou bronze. O que brilha de fato é o olhar de cada um dos 309 atletas que representaram o Brasil em Tóquio ao falarem da sua história e de suas superações para chegarem ao outro lado do mundo. Abra-se um parênteses aqui para registrar que logo mais estarão no Japão aqueles que se superam na vida a cada dia e do esporte fazem algo muito grandioso. Faltam-me palavras para registrar meus sentimentos para com os atletas

paralímpicos.

Dos 309 atletas que protagonizaram o maior feito no quesito medalhas em olimpíadas na história do país, somam-se outras estatísticas que trago para a centralidade desse texto com o objetivo de sensibilizar para um contexto que chamo de bastidor da vida profissional. Que os desafios dos esportistas são muitos e diários já sabemos. Ser um atleta olímpico no Brasil é um feito potencializado pela falta de apoio, de suporte e de políticas. Do grupo que foi a Tóquio, 42% não tiveram nenhum patrocínio, 19% vivem com menos de R$ 2 mil mensais, 7% vivem com menos de R$ 1 mil e 13% fizeram “vaquinhas” para que pudessem, após conquistados os índices olímpicos, estar em Tóquio. A constar, aproximados 10% desses atletas sequer vivem das modalidades esportivas das quais são os melhores do Brasil.

A afirmativa que há muito talento nesse país é máxima inquestionável. Diante dos imensos desafios dos medalhistas olímpicos fomos sensibilizados com histórias de superação. É lamentável que na centralidade das efervescências permaneçam temas como “voto impresso, desfile de carros militares” e raramente projetos de promoção de uma nação a partir dos esportes. O fato em questão é que enterramos os talentos em uma velocidade até então não vivenciada. Quadras de esportes estão vazias, pistas atléticas inexistem… A evasão escolar vive índices históricos jamais vistos. Reflexos da Covid? Também, mas não só!

É muito provável que junto de cada talento haja um motivador, um mediador, alguém que acredita, potencializa e encaminha para as oportunidades. Este contexto se dá, comumente, nos espaços escolares presenciais.

Ao final, vale dizer do nosso orgulho pela representatividade dos nossos 309 atletas, suas equipes técnicas, famílias e demais envolvidos. Que em 2024 a Cidade Luz possa ver brilhar novos talentos brasileiros com a mesma magia e encantamento de quem um dia viu Santos Dumont dominar os céus

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