Projeto visa a inclusão digital de idosos

Vomo que vomo

Projeto visa a inclusão digital de idosos

O “Vomo” foi criado em formato de curso presencial e com a distribuição gratuita de e-book e materiais que auxiliam a melhor idade na utilização de um smartphone

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Projeto visa a inclusão digital de idosos
Nas redes sociais, Bárbara dá espaço às fotos e vídeos da avó que inspiram também outras pessoas (Foto: Bibiana Faleiro)
Vale do Taquari
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Por meio das redes sociais, a jornalista Bárbara Corrêa, 27, criou um projeto voltado para a inclusão digital do idoso. O “Vomo”, além de ser um curso presencial, também disponibiliza materiais de forma gratuita para pessoas que querem aprender a usar um smartphone, e utiliza o perfil do Instagram, para compartilhar histórias da avó que servem de inspiração para outras pessoas.

O projeto nasceu no fim de 2019, mas ganhou força em janeiro deste ano. Bárbara percebeu essa necessidade, principalmente durante a pandemia, já que os encontros presenciais entre a família ficaram cada vez mais escassos. “Quero levar bem estar e qualidade de vida para eles por meio da tecnologia”.

A ideia do curso é reunir cerca de quatro pessoas em cada encontro que tem a duração de dois turnos e custa cerca de R$ 150 por pessoa. A proposta é, no futuro, reverter este valor para auxiliar os idoso em diferentes áreas, a exemplo das casas de acolhimento.

“Eu uso o analógico para ensinar o digital. Por exemplo, trabalhar a palavra cruzada e aprender as funcionalidades do WhatsApp. A ideia é realmente usar aquelas ferramentas que já são do cotidiano, mais amigáveis, para aprender o digital”, explica Bárbara.

Além dos encontros e das dicas nas redes sociais, um dos materiais disponibilizados pelo projeto de forma gratuita é uma apostila de 16 páginas produzida com letras grandes e conteúdo intuitivo e didático com um passo a passo para utilizar o WhatsApp.

A ideia é, mais tarde, criar apostilas com outras informações que também possam ajudar na inclusão digital. O e-book pode ser baixado por meio do link na biografia do Instagram @vomoquevomo.

“Vomo que vomo”

A ideia surgiu com a avó de Bárbara, Grete Waldow, de 85 anos, carinhosamente chamada de “oma” pelos netos. Moradora de Santa Rosa, Grete gosta de pensar nas coisas boas que tem para viver.

Faz cerca de cinco anos que a família deu à Grete um smartphone. “Ela amou. Ela adora o Pinterest, Youtube e o WhatsApp. Começou a ver possibilidades de reencontrar a família que morava longe, conversar com as pessoas que não tinham telefone fixo, que era um meio de comunicação que ela gostava muito. Ela viu nas ferramentas uma forma de se reaproximar das pessoas que ela gosta”, conta Bárbara.

A avó mantém um caderninho de anotações sempre por perto. “Ela anotava como ligar a televisão, os fatos importantes da história. É como se fossem registros de um diário mesmo. Começamos a anotar também neste caderno, um passo a passo de como usar o WhatsApp, olhar as coisas no Facebook, e isso trouxe muita autonomia para ela”, comenta.

A partir de então, Grete começou a adicionar pessoas nas redes sociais, procurar músicas alemãs no Youtube e “se virar” no meio tecnológico. Umas das coisas que ela gosta de fazer é mandar áudios.

O nome “Vomo”, também vem da vida da avó, mais especificamente das falas, já que ela carrega um sotaque alemão e gosta de dizer “vomo que vomo”. A marca também faz alusão às palavras vô e vó e ao movimento.

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