“É importante tirarmos esses mitos de que a vacina pode trazer mais complicações”

Imunização

“É importante tirarmos esses mitos de que a vacina pode trazer mais complicações”

Presidente do Comitê de Alergia e Imunologia da Sociedade de Pediatria do Rio Grande do Sul, Hélio Simão, participou do programa Frente e Verso, da Rádio A Hora 102.9, na manhã desta terça-feira, e destacou a importância das pessoas se imunizarem

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Atualizado terça-feira,
19 de Janeiro de 2021 às 14:21

“É importante tirarmos esses mitos de que a vacina pode trazer mais complicações”
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Estado
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O presidente do Comitê de Alergia e Imunologia da Sociedade de Pediatria do Rio Grande do Sul, Hélio Simão, destacou a importância de retirar os mitos que giram em torno do imunizante. “A vacina tem eficácia comprovada por agências internacionais de saúde, não somente pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), ela é extremamente segura”, observa.

Em relação a eficácia, Simão explica que a CoronaVac, por exemplo, que está disponível para ser aplicada no Estado, possui uma efetividade alta em relação aos casos graves. “100% de prevenção para casos graves, casos com hospitalização e óbitos. Já a questão da eficácia em geral é em torno de 50%. Ou seja, estamos prevenindo metade das pessoas que fizeram a vacina do Instituto Butatan”, pondera.

Já a vacina da Oxford dá uma proteção de 62%. “Só precisamos analisar que a vacina de Oxford foi realizada em grupo de população geral, já a CoronaVac foi feita em profissionais da saúde, grupo que tem risco maior de contrair o coronavírus”, explica.

Sobre a CoronaVac

Simão explica que a vacina que está sendo distribuída no Rio Grande do Sul nesse momento é produzida com vírus inativado. “Eles são mortos, não tem capacidade de causar a doença, eles não são vírus que atingem o DNA da célula, eles vão até o citoplasma levando a informação para que se produza os anticorpos, não infectam células, então não tem possibilidade de alterar o DNA, nem a possibilidade de causar infecção pelo coronavírus”, pondera.

Vacina causa reações?

“O que é mais importante: todos os pacientes alérgicos a alimentos podem fazer a vacina. Os que possuem asma, rinite alérgica, quadro de alergia a medicamentos, devem fazer a vacina. Não tem em nenhuma vacina autorizada para a comercialização presença de proteína do leite, ovo, látex, gelatina que causam muitas reações em outras vacinas, não estão presentes nessa contra o coronavírus. Todo o paciente alérgico deve fazer. Aquele paciente que teve anafilaxia, choque anafilático com determinado alimento ou medicamento, deve consultar o seu alergologista para saber a melhor forma de aplicar ou se não vai aplicar. Esses pacientes que já tiveram reações graves de alergia, internação, quadros de insuficiência respiratória e circulatória, esses pacientes precisam fazer aplicação em ambiente controlado.”

Atingir 70% da população

  • Atingir esse percentual da população depende do calendário de imunização publicado pelo Ministério da Saúde.
  • A ideia é atingir os 70% dentro de um período de seis meses a um ano.
  • Tudo pode ser acelerado dependendo da produção e autorização das novas vacinas pela Anvisa.

Confira a entrevista na íntegra

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