Volta às aulas

Opinião

Rodrigo Martini

Rodrigo Martini

Jornalista

Coluna aborda os bastidores da política regional e discussão de temas polêmicos

Volta às aulas

Por

Vale do Taquari

O governo do estado desistiu da proposta inicial de volta às aulas presenciais a partir de 31 de agosto. O novo recuo do Piratini ocorre após 94,6% dos prefeitos rejeitarem a sugestão – conforme pesquisa da Federação das Associações de Municípios do RS (Famurs), apresentada há duas semanas –, que previa o retorno pela rede infantil. Durante reunião virtual com prefeitos, o executivo estadual até sinalizou nova data: até dia 15 de setembro.

A data pode ser antecipada. Já são mais de 150 dias de “lockdown pedagógico”, com muitos danos às crianças, pais e professores. O retorno gradual, híbrido, com reanálises constantes e com respeito às medidas sanitárias não é uma opinião deste colunista. É uma necessidade. Para resguardar a saúde mental dos alunos, para o desenvolvimento cognitivo deles, e, por fim, para o retorno dos pais ao trabalho. Ah, e será facultativo aos responsáveis, reforço.

O Brasil precisa sair da inércia e avançar. Chega de tapar o sol com a peneira. A disparidade na qualidade do ensino virtual privado para o público é gritante. Na rede estadual, então, há muitas crianças que praticamente não receberam conteúdo. E eu tenho dúvidas sobre a efetividade deste “lockdown pedagógico”. Afinal, será que as crianças estão isoladas em casa? E será que todos os professores – e críticos – estão respeitando o isolamento social?


ARKI em Lajeado

Os vereadores de Lajeado seguem flertando com a ARKI. Falam, falam, mas nada de apresentar um pedido de abertura de CPI. É um festival de “falo há muito tempo”, de “olhe lá”, e de “tem muita coisa estranha por detrás”. Ontem chegaram a misturar o tema com a covid-19. Tem de tudo. Tem até autor de vídeo calunioso sendo investigado. Mas nada de CPI.


ARKI em Lajeado II

Nessa segunda-feira, o Ministério Público (MP) instaurou um procedimento administrativo – ação que precede, ou não, o inquérito civil. No conteúdo do processo, os áudios entre a representante da empresa e a esposa de um ex-servidor, ligada ao PT. No diálogo, indícios de que o processo de contratação da terceirizada nunca respeitou a impessoalidade necessária.


Cidade Digital

O programa “Lajeado Digital” foi lançado em agosto de 2016. Quatro anos depois, o modelo de internet gratuita nas praças e áreas de lazer do principal município do Vale do Taquari travou. Desde abril, o sistema está fora do ar. E com previsão de retorno para outubro. A empresa responsável é a Smart Tecnologia em Comunicações Ltda (ou Superluc Informática). E a justificativa do governo municipal é a pandemia.

Segundo a mensagem justificativa, “havendo a necessidade de readequação das despesas e receitas do Município, para viabilização de um orçamento austero, firma-se o presente Termo Aditivo para suspensão, por 180 dias, dos 39 pontos para acesso público à internet em praças, parques, academias de saúde e salões comunitários (pontos PAP), representando uma redução no valor mensal dos serviços de R$ 34,7 mil”.


UTI em Encantado

O Diretor do Hospital Beneficente Santa Terezinha, Evandro Klein, encaminhou ofício à Câmara de Vereadores de Encantado. No documento, o gestor solicita auxílio financeiro para a conclusão da Unidade de Terapia Intensiva (UTI), mais precisamente para a aquisição de um Sistema de Ar comprimido (R$ 226,7 mil), e um Sistema de Bomba de Vácuo (R$ 163,7 mil).


Novas rotinas

O tema sobre a abertura ou não do comércio lajeadense aos domingos esfriou na Câmara de Vereadores. E também parece morno nos bastidores. Mesmo assim, o Sindicato dos Comerciários do Vale do Taquari resolveu esquentar o tema nas suas redes sociais. A postagem ocorreu nessa segunda-feira, e acabou servindo para lembrar que o assunto precisa voltar à tona, especialmente diante da revolução tecnológica que vai invadir o comércio. O e-commerce será uma realidade para todos. E a rotina vai mudar para o comerciário!


Homenagens em ano eleitoral

O abuso do poder político é um dos males da reeleição. E as práticas nocivas precisam ser combalidas com maior vigor durante este período pré-eleitoral. Para tal, é preciso cessar com algumas ações rotineiras dos nossos agentes públicos, e que com o passar dos anos foi sendo naturalizada pela maioria dos pagadores de impostos. Entre essas, a nomeação de ruas. Afinal, e querendo ou não, cada novo nome de via pública é uma homenagem velada para uma determinada família. E isso pode configurar compra de voto.

A prática de dar nome às ruas deveria ser combalida durante toda a legislatura. Em agosto do ano passado, por exemplo, escrevi sobre o tema. À época, os projetos para nomear ruas já chegavam às 135 nomeações só nesta legislatura lajeadense. Ou seja, são 135 famílias mais próximas deste ou daquele vereador. Alguns parlamentares já contabilizavam mais de duas dezenas de proposições. É um número com potencial cristalino de eleger um vereador em uma cidade do porte de Lajeado. E a prática persiste neste período pré-eleitoral.

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