O MP, a ARKI e os áudios

Opinião

Rodrigo Martini

Rodrigo Martini

Jornalista

Coluna aborda os bastidores da política regional e discussão de temas polêmicos

O MP, a ARKI e os áudios

Por

Vale do Taquari
Gustavo Adolfo 1 - Lateral vertical - Final vertical

O Ministério Público de Lajeado segue averiguando os contratos entre o Governo de Lajeado e a empresa ARKI, responsável pela terceirização de mão de obra em diversas secretarias municipais, e cujo novo contrato será de R$ 1,2 milhão por mês. Recentemente, a empresa venceu o processo licitatório com a proposta mais alta entre três empresas concorrentes, já que as duas propostas mais “em conta” foram desabilitadas. Os denunciantes questionam a licitação e cobram impessoalidade no momento de contratar os servidores.

O assunto, que é velho, esquentou no dia 31 de julho passado. A promotoria recebeu uma denúncia anônima. O conteúdo questiona o recente processo de licitação e apresenta uma “nova” série de denúncias. Entre essas, suposta utilização da empresa terceirizada como extensão dos CC; supostas indicações de vereadores para acomodar familiares e cabos eleitorais (inclusive com nomes e sobrenomes); e suposta ligação direta da ARKI com o escritório de advocacia da família do prefeito Marcelo Caumo.

Sobre a ligação do escritório de advocacia com a ARKI, Caumo já confirmou em outras oportunidades que ele, o irmão e o pai prestaram serviços à empresa até 2016, mas que o contrato foi encerrado no momento em que ele assumiu a Prefeitura de Lajeado, em janeiro de 2017. Já sobre as eventuais indicações políticas junto à terceirizada, a própria empresa rechaçou as suposições por meio de nota encaminhada aos jornais no início do ano. Mas algumas lacunas seguem sob a análise do MP. E também do Tribunal de Contas do Estado.

A denúncia questiona o recente processo de licitação e apresenta uma “nova” série de denúncias

O MP ainda está de posse de duas gravações telefônicas. Nas conversas, uma companheira de um ex-servidor da terceirizada fala com uma representante da ARKI. Ela questiona os motivos da demissão do companheiro, e se a mesma se deu em razão da vinculação partidária com o governo anterior, do PT. As interlocutoras debatem sobre eventuais desmandos. Citam nomes, mas não há conclusão. Os áudios estão no site do MP, são de acesso geral ao público e já “correm” pelas redes sociais. Resta saber o tamanho do impacto judicial e político.


Expovale + Construmóbil

É audaciosa a proposta da Associação Comercial e Industrial de Lajeado (Acil) de realizar, no período de 23 a 26 de setembro e 29 de setembro a 3 de outubro de 2021, a 22ª Feira Industrial, Comercial e de Serviços do Vale do Taquari (Expovale) – que deveria ocorrer em 2020, mas foi suspensa em função da pandemia – em conjunto com a 10ª Feira da Construção Civil, Mobiliário e Decoração do Vale do Taquari (Construmóbil). A programação deve ocupar integralmente a área de seis hectares do Parque do Imigrante. Não é o ideal. Mas é o que nos resta. Será um desafio e tanto. E uma das missões é não descaracterizar os eventos!


DCE + Univates

O Diretório Central de Estudantes (DCE) ainda não recebeu respostas acerca do ofício encaminhado à Reitoria, que solicita descontos nas mensalidades. “Não obtivemos retorno”, resume presidente do DCE, Bruno Cavalheiro. Os alunos realizaram protesto no último dia 11 de agosto. Além da redução dos valores, eles pedem que o vencimento do boleto volte a ocorrer no dia 20 de cada mês.


Centenas de ciclistas

No sábado passado, trafeguei pela ERS-129 no trecho entre Estrela e Colinas. E tentei contar o número de ciclistas que utilizavam a rodovia para o lazer ou para a prática de esporte. Perdi a conta. Arrisco a dizer que eram centenas. Talvez seja um exagero. Fato é que eram muitas pessoas aproveitando a falsa tranquilidade daquela via de asfalto, de pista simples, e sem acostamento. Uma falsa tranquilidade, reforço. Pois o risco é iminente para ciclistas, motociclistas, pedestres e motoristas. É urgente a construção de uma ciclovia!


Horários mantidos

A Câmara de Vereadores de Lajeado rejeitou a alteração no horário das sessões – das 17h para às 18h30min. Sérgio Kniphoff (PT), Waldir Gish (PP), Neca Dalmoro (MDB), Waldir Blau (MDB), Ederson Spohr (MDB), Fabiano Bergmann (PP), Marcos Schefer (MDB), Nilson do Arte (PP) e Sérgio Rambo (PT) foram contra a mudança. Por outro lado, Mariela Portz (PSDB), Ildo Salvi (PSDB), Carlos Ranzi (MDB), Ernani Teixeira (PP) e Paulo Tóri (MDB) votaram a favor.


A crítica pela crítica

O belíssimo projeto do Marco Histórico das enchentes em Lajeado agitou os bastidores. E se o objetivo é gerar uma profunda reflexão, o conjunto de postes e réguas linimétricas já cumpriu um pouco da missão. Antes das obras no Parque dos Dick, o memorial já desnudou o baixo nível de uma pequena ala da Oposição, que busca transformar a singela estrutura em carniça para o jogo político. O Marco não é imune às críticas, claro. Mas a histeria é injustificável.

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