Faltam mulheres na política!

Opinião

Faltam mulheres na política!

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Lajeado

O mundo é formado em sua maioria por seres humanos do sexo masculino. E esta realidade tende a permanecer. Dados históricos mostram que nascem mais homens do que mulheres no mundo todo. No Reino Unido, por exemplo, e desde 1838, ano em que o país iniciou os registros de nascimento, não houve um ano sequer com taxa de natalidade feminina superior. No Brasil, porém, a população feminina prevalece faz décadas. Mas isso pouco se reflete no âmbito político. Mesmo com as recentes campanhas lançadas pelo TSE (foto).

No Brasil, e muito embora as taxas de natalidade permaneçam dentro da média mundial, o país registra um número maior de mulheres em relação aos homens. Em 1980, por exemplo, a população brasileira estava dividida entre 50,23% de mulheres e 49,77% de homens. Já no ano passado, e segundo dados da PNAD Contínua (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua), a população brasileira estava assim composta: 51,8% de mulheres e 48,2% de homens. Mesmo assim, faltam mulheres na política.

A falta de mulheres na política, ou o baixo número de governantes do sexo feminino junto aos poderes públicos federais, estaduais e municipais é uma realidade mundo afora. Essa triste façanha não é uma exclusividade nacional e tampouco regional. É assim em todo o planeta, muito embora essa discrepância já tenha sido ainda pior. Faltam mulheres na política, e essa triste constatação precisa ser debatida entre os agentes que movem constantemente os mais variados cenários políticos.

De acordo com pesquisa divulgada recentemente pela IPU (Inter-Parliamentary Union), o Brasil ocupa o 152° lugar em participação das mulheres em cargos eletivos federais dentre 172 países ranqueados pela entidade. Uma indigesta colocação. No país 23% dos municípios (1.290 localidades) não elegeram uma só mulher para a Câmara de Vereadores em 2016. O número até melhorou em relação ao pleito de 2012, quando o índice foi de 24%. Mas é um tímido avanço se levarmos em conta que a primeira prefeita (Alzira Soriano de Souza) foi eleita em 1929, na cidade de Lajes, no Rio Grande do Norte.

Mas e o nosso abençoado e pujante Vale do Taquari? Ora, por aqui registramos mais nascimentos de homens. Porém a maioria da nossa população regional também é formada por mulheres. E, da mesma forma, faltam mulheres na política. No pleito de 2016, os eleitores elegeram 368 vereadores para os 38 municípios da região. E desse montante, apenas 17,31% (61) são mulheres – em âmbito nacional, o índice é de 13,5%. Seis municípios não elegeram uma só vereadora: Dois Lajeados, Fazenda Vilanova, Muçum, Putinga, Roca Sales e Tabaí.

Faltam mulheres na política e esse problema já acarretou problemas ainda maiores. Tudo por que a decisão tomada para garantir maior representatividade feminina foi criar a chamada “Cota de gênero”, que obriga os partidos a garantirem um mínimo de 30% para as ditas candidatas. A medida até gerou certo incremento desde 1998. Mas também surgiram dezenas de candidaturas fantasmas neste período – a maioria lançada a “toque de caixa” para respeitar a legislação –, e isso ocorreu por que faltam mulheres na política.


Bastidores da política

Em Marques de Souza, Fábio Mertz (PP) e Lairton Heineck, do Republicanos, são cogitados para enfrentar o prefeito Edmilson Dörr (PTB) nas eleições de novembro.

Já em Estrela, o número de pré-candidatos a prefeito só aumenta. Nos bastidores, já são sete os nomes cogitados: Comandante César (MDB), Diego de Castro (DEM), Elmar Schneider (PTB), Eduardo Wagner (PSL), Paulo Argeu (PDT), Valor Griebeler (PL) e, agora, Denise Goulart (PT).

Já em Arroio do Meio, Darci Hergessel (PDT) anuncia: ele não concorrerá a vice ao lado de Danilo Bruxel (PP). Assim, ele abre espaço para Adriana Meneghini (PDT) assumir a pré-candidatura.


Moção de Repúdio!

Em Encantado, o vereador Luciano Moresco (PT) sugere uma Moção de Repúdio contra o desembargador Eduardo Almeida Prado Rocha Siqueira, o famoso magistrado que deu “carteiraços” em um agente da Guarda Civil de Santos (SP), após ser multado no final de semana retrasado por não usar máscara. Além do “carteiraço”, o nobre e bem pago servidor público rasgou a multa (foto). Uma atitude impensável para um agente público de tamanha representatividade e importância. Na semana passada, porém, ele se desculpou.

“Minha atitude teve como pano de fundo uma profunda indignação com a série de confusões normativas que têm surgido durante a pandemia — como a edição de decretos municipais que contrariam a legislação federal — e às inúmeras abordagens ilegais e agressivas que recebi antes, que sem dúvida exaltam os ânimos. Nada disso, porém, justifica os excessos ocorridos, dos quais me arrependo. O guarda só estava cumprindo ordens e, na abordagem, atuou de maneira irrepreensível. Estendo as desculpas a sua família.” Que sirva de exemplo!

 

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