“Meu coração bateu mais forte pela música”

Abre Aspas

“Meu coração bateu mais forte pela música”

Natural de Planalto, no Paraná, o músico Jardel Amorim, 45, mora há mais de 20 anos em Estrela. Deixou para trás a família para buscar o sucesso na música. Hoje, se orgulha da trajetória que conquistou em carreira solo e integrando bandas de baile

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“Meu coração bateu mais forte pela música”
Estrela
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• Como iniciou sua carreira na música? Há quanto tempo trabalha com isso?

Minha carreira começou com o incentivo da minha família. Meu pai era gaiteiro e tocava violão. Os meus irmãos mais velhos eram músicos, inclusive tenho uma irmã gaiteira. Os meus sobrinhos também seguiram o caminho da música. Comigo não tinha como ser diferente. Atualmente, tenho 45 anos. Toco e canto desde meus 13 anos. A principal inspiração sempre foi a minha família.

• O que teve de abdicar para seguir seu sonho?

Eu jogava muito bem futebol. Tive que escolher entre os dois. Meu coração bateu mais forte pela música. Com isso, tive que sair cedo de casa para viajar com bandas, pois a família morava no interior e era muito difícil se deslocar na época. Através da música, eu conquistei tudo o que sou hoje e me orgulho da minha trajetória. Como tive que deixar a casa dos meus pais ainda muito jovem, prometi não ter vícios com bebida ou algo do tipo, pois tinha em mente que queria melhorar a minha vida e a dos meus pais também.

• O que a música representa na tua vida?

A música representa a minha vida. Tudo que eu conquistei até hoje, meu caráter, minha família e amigos foi por meio da música. Trabalho levando a alegria por onde passo.

• Quais as dificuldades enfrentadas na carreira?

As dificuldades são muitas, quase sempre ligadas a parte financeira. Já passei fome, frio, mas sempre achei alternativas para vencer estas dificuldades. Sempre tive muita fé em Deus para seguir realizando o meu sonho de viver com a música. Não me tornei um cantor famoso, mas olhando de onde eu saí, me orgulho da carreira que conquistei.

• Qual momento mais marcante na sua trajetória?

O que mais me marcou na carreira foi no dia do falecimento da minha mãe. Enterrei ela em um sábado e, neste mesmo dia, eu tive que tocar um baile. Quando terminei a minha apresentação, anunciei a situação no microfone. A emoção tomou conta de todos. A maioria das pessoas veio até o palco aplaudir a minha coragem. Foi uma situação forte e sempre que lembro, me emociono.

• Os músicos têm sofrido com o período da pandemia, como se reinventar neste momento?

É um momento difícil para todas as pessoas que dependem e vivem no meio artístico. Estou participando de várias lives beneficentes, em prol de músicos e também de pessoas necessitadas. Estou sempre pronto para ajudar e neste momento não é diferente. Já participei da entrega de diversas cestas básicas.

Na área da música, sem eventos é difícil se reinventar. Divido minhas atividades com minha loja de instrumentos musicais, que também está com pouco movimento devido a pandemia. Mesmo assim, consigo me manter e tento achar maneiras de ajudar meus amigos que trabalham com música e passam por dificuldades.

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