O “Compre o que é nosso” é de todos!

Opinião

Rodrigo Martini

Rodrigo Martini

Jornalista

Coluna aborda os bastidores da política regional e discussão de temas polêmicos

O “Compre o que é nosso” é de todos!

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Atualizado segunda-feira,
20 de Abril de 2020 às 13:55

Vale do Taquari

A campanha “Compre o que é nosso” foi lançada pelo Grupo A Hora. Mas é uma ideia comunitária e precisa ser compartilhada por todos. Valorizar produtos e serviços locais é dever de cada cidadão, ainda mais em tempos de pandemia e incertezas no setor econômico. Proteger quem está próximo da gente é nossa missão neste momento tão turbulento. E potencializar a divulgação desse novo conceito de consumo sustentável é o nosso desafio.

Não se trata de um boicote aos produtos e serviços de fora. Longe disso. A campanha busca apenas preparar o Vale do Taquari para o que vem pela frente. Não será fácil a vida pós-pandemia. Não se iludam. Tal como em outros desastres naturais, pestes e até guerras, boa parte desses “novos” solidários voltará para a antiga zona de conforto. Não bastasse isso, e diante de toda a insegurança, o mundo certamente será muito mais competitivo.

Também é preciso atentar para nossa saúde mental. O mundo será muito mais remoto. Home Office e trabalhos à distância já são tendências em tantas partes do planeta e agora devem chegar de vez no nosso Vale do Taquari. E um mundo mais remoto é um mundo mais solitário. Logo, toda e qualquer relação comercial ou social entre os mais próximos deve ser potencializada e divulgada ao máximo. Será difícil. Mas podemos sair fortalecidos!


Parabéns, vereadores!

É preciso parabenizar a todos os vereadores de Estrela que lutaram e votaram pela redução salarial de 20%. A medida vale para os próprios parlamentares, e também para prefeito e vice-prefeito da cidade. O novo salário passa a vigorar na próxima legislatura e a mudança não teve nada a ver com a pandemia. Por lá, era um projeto de longa data de alguns legisladores e no fim das contas acabou em um consenso entre Situação e Oposição. E está feito. Parabéns!


Sem propaganda

No programa Frente e Verso de ontem, o advogado e assessor jurídico da União dos Vereadores do Rio Grande do Sul (Uvergs), Fábio Gisch, foi taxativo ao comentar sobre redução salarial de agentes políticos em ano eleitoral. “Podem reduzir o salário. Mas não podem fazer propaganda em cima disso”. Muitos já erraram feio neste sentido aqui pela região. Fizeram justamente o contrário. Foram às redes sociais – em alguns casos utilizaram o próprio plenário – para anunciar o “espontâneo” ato de solidariedade. Pode custar caro.


Discrição tardia

Em um grupo de WhatsApp, vereadores e assessores de Lajeado ainda debatem sobre a redução ou não dos salários durante o período de pandemia. A demora em tomar uma decisão é constrangedora diante da agilidade demonstrada em câmaras vizinhas. Nessa quarta-feira, a assessoria jurídica do Legislativo lajeadense emitiu um parecer que certamente já deixa alguns parlamentares de cabelo em pé. Em suma, a sugestão é: doações sigilosas e anônimas. Um recado bastante tardio para quem já foi às redes sociais.


Contraponto do PT

Sobre a nota de ontem, citando divergências internas entre membros do Partido dos Trabalhadores (PT) de Lajeado, o presidente municipal da sigla, Carlos André Nunes, esclarece. “Divergências internas ou opiniões contrárias são normais em qualquer agremiação política ou não. No PT sempre houve um debate interno saudável e democrático. As discussões sobre eventuais coligações existem e todas as opções serão analisadas. Neste momento, o PT tem candidato a prefeito, que é o atual vereador Sérgio Kniphoff. E com ele uma forte nominata para o Legislativo.”


Multa salgada aos prefeitos

Não é bem assim. Para quem pressionou prefeitos pela liberação do comércio durante a vigência do decreto estadual, sugiro atentar para a cidade de São Jerônimo. Por lá, o prefeito Evandro Heberle (PSDB) confrontou a medida do governador Eduardo Leite e autorizou, em oito de abril, a reabertura do comércio. No dia seguinte, o MP ingressou com ação civil pública. Na sexta-feira, 10 de abril, a Justiça da Comarca decidiu suspender o Decreto Municipal.

A juíza Paula Fernanda Benedet determinou que o município “não autorize a abertura dos estabelecimentos comerciais até que sobrevenha novo decreto do governo do Estado dispondo de forma diversa, considerando a pandemia do coronavírus, ou norma federal neste sentido, sob pena de multa a ser aplicada ao prefeito de R$ 100 mil”. Isso mesmo. Multa diretamente ao prefeito.

Na decisão, a juíza declara que “há evidente conflito de normas entre os entes federados, Estado e Município, uma vez que este contraria restrição imposta pelo Estado, colocando em iminente risco a saúde pública, na medida em que a flexibilização do isolamento social pode levar a um estado de agravamento no quadro de evolução da pandemia com proporções mais sérias e que ocasionem medidas restritivas ainda mais rígidas”. Ou seja, o recado está claro!

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