Um novo “boi de piranha”?

Opinião

Rodrigo Martini

Rodrigo Martini

Jornalista

Coluna aborda os bastidores da política regional e discussão de temas polêmicos

Um novo “boi de piranha”?

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A extinção de municípios pequenos em todo o Brasil foi a principal pauta sugerida pelo governo federal nessa terça-feira. A proposta faz parte de uma série de outras medidas apresentadas pelo Ministro da Economia, Paulo Guedes, dentro das reformas previstas no seu pacote econômico. O agendamento de toda a imprensa funcionou perfeitamente, e pouco se discutiu sobre outras tantas previsões incluídas na PEC do Pacto Federativo entregue ao Congresso. Seria isso um novo “boi de piranha”?
Não se trata de uma ideia nova. Tampouco é absurda a proposta de extinção – ou junção– dos municípios com menos de cinco mil habitantes e arrecadação própria menor do que 10% da receita total. Mas cá entre nós, é um projeto para lá de polêmico e serve perfeitamente para disfarçar segundas intenções. Seria apenas “food for fish” novamente?
04_AHORAÀ imprensa cabe noticiar, é claro. Regionalmente, e se de fato for levada adiante, a proposta muda por completo todo o cenário econômico e social do nosso Vale do Taquari. Mais da metade dos municípios deixariam de existir da noite para o dia, revertendo uma situação criada principalmente a partir da década de 80, com a sequência de emancipações que atingiram e drenaram as receitas das principais cidades da região.
Da mesma forma, em todo o Brasil os números são atraentes para as mais diversas manchetes jornalísticas, e satisfazem aqueles que insistem em criminalizar todo o meio político. Segundo o governo, 1.254 municípios se encaixam nessas condições e seriam incorporados a cidades vizinhas a partir de 2026. Isso representa quase um em cada quatro municípios do Brasil — 22,5% do total de municípios brasileiros (5.570), segundo os dados mais recentes do IBGE.
Seriam 1.254 prefeitos e 1.254 vice-prefeitos a menos na folha salarial custeada pelos brasileiros. Além disso, a medida extinguiria em um primeiro momento mais de 11,2 mil vereadores em todo o país. É ou não é uma instigante manchete de capa, capaz de satisfazer os desejos de boa parte da nossa população? Claro que é. E muito em função disso é preciso estar atento a cada vírgula desse pacote econômico apresentado pelo Ministro Paulo Guedes.


Procon e RGE

Sobre os problemas de abastecimento de energia no Vale do Taquari, o prefeito de Teutônia e presidente da Amvat, Jonatan Brönstrup, avisa este colunista. “Fizemos contato com o Secretário de Justiça e Cidadania, Catarina Paladini, para reforçar nossas queixas.” O representante do Governo Estadual esteve no Procon/Rs na manhã de ontem.


Lar da Amizade

Em Teutônia, o vereador Hélio Brandão (PTB) solicita estudo para verificar a possibilidade de doação da área de matrícula 1.006 para o Grupo Lar da Amizade, mantenedora da EMEI Cirandinha. A doação, segundo o parlamentar teutoniense, serviria para melhorara o desempenho das atividades com os alunos.


Travessia com trator

Em Encantado, o vereador Moacir Tramontini (PTB) solicita urgência no conserto da pinguela que liga as comunidades de Santa Terezinha e São Roque (no antigo camping do Rosin). Os moradores reclamam das péssimas condições e avisam: é necessária a utilização de trator ou outra máquina agrícola para fazer a travessia do Arroio Jacaré.


Promotor e as vias

Autor da ação civil pública contra a Empresa Gaúcha de Rodovias (EGR) – que resultou na suspensão da cobrança na ERS-129 –, o promotor de justiça de Encantado, André Prediger, também cobra melhorias em vias urbanas da cidade. Recentemente, foi instaurado inquérito civil para apurar as más condições da Rua Coronel Sobral, no Centro.


Dia do Onze

Em Arroio do Meio, os Progressistas organizam para o próximo dia 11 mais uma edição do tradicional “Dia do Onze”, que teve sua primeira edição em 11 de novembro de 2011, e a cada ano se repete na mesma data. O objetivo é integrar, mobilizar e fortalecer a base do PP na cidade. O evento ocorre no salão da comunidade do Bairro Medianeira.


Folders nos bairros

Em Lajeado, os vereadores Sérgio Kniphoff (PT) e Carlos Ranzi (MDB) estão investindo em folders para distribuir nos bairros da cidade. Algumas informações acerca das realizações são um tanto questionáveis, já que nem tudo no Legislativo – ou seria no Executivo? – depende de uma só pessoa. Mas faz parte do jogo. E o material indica que ambos os agentes públicos estão entre os mais engajados para as próximas eleições. Tanto para o pleito de 2020 como para 2022.


Praça da EGR

Já sobre a suspensão do pedágio na Praça de Encantado, a EGR contratou serviços terceirizados de vigilância armada e com rádios comunicadores, 24 horas ininterruptas, de segunda a domingo, para garantir a segurança do espaço – agora ocioso – na ERS-129. O valor do contrato é de R$ 36,1 mil mensais, e a vigência o acordo será de seis meses.


Coluna Martini_Defesa civilComunicação

No Vale do Taquari, algumas equipes da Defesa Civil dos municípios aproveitam as redes sociais para alertar e informar as respectivas comunidades. Em dias de enchente, por exemplo, as atualizações sobre os níveis dos mananciais auxiliam na prevenção. Entretanto, em Lajeado a página oficial da entidade no Facebook está desatualizada. A última postagem registrada é do dia 21 de maio de 2016. Menos mal que o atendimento físico ainda está a contento.


Tenente em Lajeado

Nessa terça-feira, o presidente estadual do Democratas (DEM), o Deputado Estadual Rodrigo Lorenzoni, fez o convite oficial para que o Tenente Gilberto Schmidt concorra a prefeito de Lajeado.  A reunião foi em Porto Alegre. Na política local, Gilberto já atuou como Coordenador da Defesa Civil durante parte da gestão do ex-prefeito Luís Fernando Schmidt, do PT.


Incineração

Em Lajeado, foi instaurada uma Sindicância Investigatória para apurar responsabilidade pela incineração de uma poltrona e de um armário em madeira e portas de vidro, “sem o correto procedimento de baixa no Patrimônio”. Não há o que não haja!


 

Redução no plenário

O anteprojeto do vereador Marco Wermann (PV) para tentar reduzir o número de cadeiras no Legislativo de Estrela “morreu na praia”. Leitores questionam: Wermann sabia disso de antemão e mesmo assim levou adiante a proposta? E sendo assim, tal movimento poderá ter reflexo em uma eventual campanha eleitoral nos próximos anos? São as dúvidas que pairam sobre a esquina democrática estrelense.

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