Estrela produz 16,7 toneladas por dia. Apenas 20% são reciclados

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Estrela produz 16,7 toneladas por dia. Apenas 20% são reciclados

Recolhimento de rejeitos voltou a crescer no ano passado, após três anos de queda, segundo dados do governo municipal

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Estrela produz 16,7 toneladas por dia. Apenas 20% são reciclados
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A ampliação do aterro sanitário, iniciada neste ano, mostrou que o município ainda produz muito lixo. E que falta um maior entendimento da população, principalmente na hora de separar corretamente os resíduos. Por isso, há um trabalho constante de conscientização, liderado pela Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Saneamento Básico.
Depois de apresentar queda por três anos consecutivos, entre 2015 e 2017, o recolhimento de lixo no município voltou a crescer no ano passado, atingindo 6,1 mil toneladas. A média diária foi de 16,7 toneladas, considerando dias úteis, feriados e fins de semana. Por mês, a quantidade recolhida alcançou uma média de 509,6 toneladas.
Todo o lixo que entra no aterro é triado. Segundo o secretário municipal de Meio Ambiente e Saneamento Básico, Hilário Eidelwein, são realizados três leilões por ano. “Nós reciclamos, em média, 20% do lixo recolhido. Ano passado foram 1,4 milhões de quilos de lixo reciclado. Isso mostra que evoluímos na questão ambiental, pois as pessoas estão separando mais”, avalia.

Secretaria do Meio Ambiente alerta para importância da separação correta

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A arrecadação total com os leilões no ano passado, de R$ 502 mil, foi superior ao montante de 2017 (R$ 352 mil). A compra é feita por empresas gaúchas e, por vezes, de estados como o Paraná.
“Estamos longe da perfeição, mas pertencemos em um seleto grupo de cerca de 50 municípios do Rio Grande do Sul que dão o destino correto ao lixo”, avalia o secretário. Ainda assim, ele lamenta a quantidade de “lixo perdido”, fruto da falta de consciência de pessoas.

Coleta diária

De segunda a sábado, circula pelas ruas da cidade e do interior, nos três turnos, o caminhão da coleta seletiva de Estrela. Para atender a demanda, um cronograma foi estabelecido. Em locais como o Centro, a região do Hospital e a avenida Rio Branco, o veículo passa todos os dias.
“Onde se coleta o lixo orgânico de manhã, jamais se coleta o lixo seco no mesmo turno. Sempre é feito no turno inverso”, explica Eidelwein, afirmando que o cronograma e a coleta seletiva são elogiadas pela comunidade, através de pesquisas feitas pela secretaria. “As reclamações são praticamente zero”.
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O secretário destaca também o trabalho de logística reversa, onde orienta a destinação de alguns produtos que não são de responsabilidade do poder público. “Fizemos um levantamento, cadastramos todo o comércio que vende pilhas e lâmpadas.
Eles assinaram um termo de compromisso de que tem que receber esses produtos usados e dar o destino final”, salienta.
Entretanto, Eidelwein lembra que alguns comerciantes, embora cientes, ainda descartam os produtos e o Ministério Público deve abrir inquérito por não cumprirem com suas responsabilidades.

Vida útil de dez anos

A primeira das quatro etapas previstas para a construção da nova célula de rejeitos da Usina de Tratamento de Lixo (UTL) foi concluída na última semana. Medindo 40 metros de comprimento e oito de profundidade, ela deve ter uma vida útil de 26 meses.
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Conforme Eidelwein, concluída a célula, ela poderá ser utilizada por um período de dez anos. “Daqui a um ano e meio devemos abrir novo processo licitatório para começar a próxima etapa e construir mais uma célula”, comenta.
Para abrir a primeira célula, que já está recebendo o material não reciclável, o governo investiu R$ 286,8 mil e a obra durou cerca de dois meses. A necessidade de ampliação do aterro sanitário se dá pelo fato da célula ter superado a capacidade de armazenamento de lixo.
 

MATEUS SOUZA – mateus@jornalahora.inf.br

 
 
 
 

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