“Por meio do diálogo vamos encontrar a solução para os problemas”

Entrevistas com os candidatos

“Por meio do diálogo vamos encontrar a solução para os problemas”

Servidora pública municipal de Colinas, Raquel Klein Diehl se candidata pela primeira vez a uma vaga na Assembleia Legislativa. Para ela, é preciso reduzir impostos para os produtores rurais, garantir vagas na Educação Infantil e aumentar a representatividade do Vale no parlamento gaúcho

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“Por meio do diálogo vamos encontrar a solução para os problemas”
Vale do Taquari

Raquel Klein Diehl – DEM | Candidata a deputada estadual

Nome: Raquel Klein Diehl
Idade: 38
Profissão: Servidora Pública Municipal em Colinas
Naturalidade: Roca Sales

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Histórico político
Se filiou ao MDB em 2002. Depois ingressou no Democratas em 2007. Foi candidata a vereadora por Colinas e também a vice-prefeita na mesma cidade.

Atuou como secretária de Administração e Finanças em Colinas. É servidora municipal e hoje está lotada na Secretaria da Agricultura
Vida comunitária
Nascida no meio rural, ingressou no serviço público após ser aprovada em concurso pelo Estado para ser secretária de escola. Atuou na mobilização da comunidade para a construção de um colégio estadual em Colinas e pela implantação do Ensino Médio na cidade. “Era uma época em que a escola ficava em uma casa improvisada”, relembra.

Foi voluntária em eventos da comunidade de Fazenda Lohmann e participa de conselhos municipais na Educação, Assistência Social. “Isso me ajudou a conhecer a realidade local”, afirma.


A Hora – Por que você se candidata a mais um mandato como deputada?

Raquel Klein Diehl – Penso que temos de ter responsabilidade para melhorar a vida das próximas gerações. Precisamos garantir um estado com mais segurança, onde possam caminhar tranqüilos pelas ruas, com mais saúde de qualidade, com mais educação de saúde. Também quero representar a nossa região. Precisamos estar presentes no debate político estadual, para mostrar a força do nosso Vale.

propostas raquel

Caso seja eleita, como será sua atuação junto à comunidade regional? De que forma pretende articular as prioridades do Vale dentro do parlamento?

Raquel – É preciso trabalhar junto. As prioridades da região devem ser defendidas. Trabalhar pela redução de impostos, em especial para os agricultores. Com menos impostos, sobra mais dinheiro para a população. Isso faz a economia girar. Essa é uma luta importante.

Outra carência está na segurança pública. Temos que unir as forçar regionais para ter mais efetivo e fazer com que os policiais estejam mais equipados. Isso é essencial para ter um policiamento de qualidade.

Por meio do diálogo, temos de buscar soluções para os problemas regionais.

A descrença na política está cada vez maior. Qual é sua estratégia para convencer o eleitor a acreditar nas suas propostas?

Raquel – Todos que me conhecem sabem do meu caráter. Já passei por muito na política e com certeza vou mostrar as minhas propostas. Se eu, uma pessoa do bem, me omitir, vou deixar espaço para quem está lá. Então, esses são corruptos? Vamos dar oportunidade para uma pessoa nova, uma mulher. Se pessoas como eu não participar, vai ficar sempre na mesma.

A eleição federal e estadual muitas vezes serve de trampolim para as eleições municipais. Ou seja, candidatos lançam nomes para se promover a cargos em esfera municipal na eleição seguinte. O que você pensa sobre isso?

Raquel – Para mim isso não se aplica. No município em que trabalho, todos me conhecem. Então não preciso me candidatar para a assembleia pensando em eleições municipais daqui a dois anos. Também não vejo que isso seja algum problema. É uma estratégia, como tantas outras.

Nossa matriz econômica está sustentada no setor de alimentos. Temos sofrido, nos últimos anos, por adoções de políticas públicas equivocadas, especialmente na cadeia de leite. Se reeleito, como pretende trabalhar este setor e trabalhar pelo fortalecimento da nossa principal base econômica?

Raquel – A imposição sanitária ocorreu em Colinas. O que fizemos: tentamos adequar uma lei municipal às famílias poderem manter a venda das produções. A partir disso, acredito que temos de buscar solução e mostrar aos governantes como essas regras impactam sobre os pequenos produtores.

É preciso adequar às leis, ver as particularidades de cada região, os tamanhos dos estabelecimentos. Caso contrário, sempre se faz lei com base nos grandes. Às vezes parece que as leis chegam para asfixiar os pequenos produtores. Isso tem ocorrido com freqüência na região.

Como consequência, os pequenos fecham as atividades e aumenta a pobreza no campo e atinge os consumidores da cidade.

a favor ou contra raquel

Temos problemas de infraestrutura graves. Rodovias insuficientes e precárias, enquanto outros modais, como ferroviário e hidroviário, continuam obsoletos. Qual é sua proposta de atuação nessa área?

Raquel – No modal rodoviário, o básico é manter as estradas em condições e cada vez mais, investir na duplicação. Uma obra essencial é a de Muçum a Santa Cruz do Sul.

Sobre hidrovia, temos de trabalhar para reativar o porto de Estrela. É um transporte necessário e que precisa ser incentivado. Colocar gestores capacitados para colocar o complexo em funcionamento.

Em Pelotas tava a mesma situação. Ali foi colocado um gestor, foram feitas modificações e o porto está trabalhando. Temos de colocar alguém para mobilizar o empresariado.

Ferrovia é o mesmo. Há os trilhos, mas não são usados. Temos de cobrar a manutenção e colocar os trens para escoar as produções.

Usar esses modais reduz o número de caminhões nas estradas, como consequência, será gasto menos dinheiro para manutenção das estradas.

Qual é a sua avaliação sobre a implantação de pedágios? Como seria o modelo ideal?

Raquel – Sou contrária a cobrança de pedágios. A população já paga impostos, o IPVA, a gasolina e sobre os veículos, mais o pedágio não garante que as estradas fiquem em boas condições para rodar. As autoridades têm que usar o dinheiro dos impostos com eficiência.

Em tempos de crise econômica, políticas de austeridade são adotadas pelos governos. Dentro desse debate, está a privatização de estatais. Qual é a sua opinião sobre isso?

Raquel – Cada caso deve ser avaliado. O Banrisul, por exemplo. Neste caso, teríamos de ver a opinião dos gaúchos. A privatização não pode ser só uma decisão política. É preciso ouvir as pessoas e ver o que pensam sobre cada caso.

Filipe Faleiro: filipe@jornalahora.inf.br

 

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