O incêndio criminoso causado pelo pai de um paciente no Hospital Bruno Born (HBB) ainda repercute na câmara. Desde o sinistro, no início de abril passado, a porta de acesso geral ao setor de emergência pública segue fechada e o único acesso para pedestres fica no mesmo trajeto construído originalmente para as ambulâncias. Vereadores cobram a reabertura da porta principal.
Carlos Ranzi (MDB) sugeriu a realização de uma audiência pública para tratar do assunto. A maioria dos parlamentares corrobora com a proposta. “Os pacientes disputam espaço com as ambulâncias. Em uma entrada escura. Somos contrários ao modelo. E o CNPJ da instituição é claro: é preciso o pronto-socorro”, avisou o colega, Ildo Salvi (REDE).
Para o petista Sérgio Rambo, o acesso ao setor de emergência do SUS “envergonha” a cidade. “São seis meses de pronto-socorro fechado. As pessoas ficam apavoradas quando ficam sabendo dessa situação em uma cidade de 80 mil habitantes”, ressaltou.
Waldir Blau (MDB) sugeriu revisão no contrato com a entidade. “Não adianta repassar dinheiro se eles não cumprem”, disparou.
Os vereadores não definiram data para a realização da audiência pública, que deve contar também com a participação de integrantes do Ministério Público (MP) local, administração municipal e do próprio HBB.
Educação e creches
Rambo também falou do anteprojeto de reforma da Lei Orgânica. Ele é contra a redução de investimento na pasta da educação. A proposta da comissão especial da câmara – que conta com aprovação prévia do governo municipal – é baixar de 30% para 28% do orçamento do Executivo, estimado em R$ 336 milhões para 2019.
Já Neca Dalmoro (PDT) se manifestou sobre a compra de vagas em creches particulares para alunos da rede pública. Segundo ela, os proprietários das escolas privadas criticam o modelo de contrato sugerido no edital. A procura é baixa. “O governo precisa priorizar este projeto e ir à busca de soluções”, diz. “O prefeito prometeu, e as pessoas estão esperando”, reforçou.
Mudança na Ordem do Dia
Na primeira Ordem do Dia divulgada pela câmara nessa segunda-feira, constava entre os projetos de lei a matéria do suplente, Eduardo Iglesias, que propõe a redução salarial dos vereadores. A proposta dele é baixar em aproximadamente 70% os vencimentos mensais dos 15 integrantes do Legislativo, hoje estipulados em R$ 7,2 mil. Entretanto, a sugestão foi retirada da pauta.
Projetos aprovados
Os vereadores aprovaram projeto que altera artigos de uma lei de desmembramento a permuta, destinadas à futura projeção de rua e área institucional no bairro Universitário.
Também s aprovaram mudança no calendário do concurso arquitetônico para a nova sede da câmara, cujos projetos serão apresentados hoje no plenário, às 14h, pelos alunos da Univates.
Por fim, o presidente do Legislativo, Ederson Spohr (MDB), anunciou destinação de R$ 700 mil do orçamento do parlamento para obras de pavimentação.
Rodrigo Martini: rodrigomartini@jornalahora.inf.br
