O comportamento dos motoristas ilustra alguns problemas da sociedade. O individualismo, o desrespeito ao outro e também às regras trazem como resultado números alarmantes. Em Lajeado, cidade com maior frota da região, flagrantes de desrespeitos às leis de trânsito são diários. Motoristas que dividem a atenção entre o volante e o celular, excesso de velocidade, conversões em locais proibidos, troca de faixa sem ligar o pisca.
Um mínimo descuido já é o suficiente para um acidente. Nesta semana, o atropelamento de uma menina de 6 anos entristece toda a comunidade. Testemunhas afirmam: o motorista não conseguiu parar pois estava rápido demais. O resultado é uma criança entre a vida e a morte.
Lajeado está entre os locais com o trânsito mais violento do RS. No ano passado, conforme dados do Detran, das 497 cidades gaúchas, fica na 12ª posição, com 21 mortes no perímetro urbano. São tragédias que poderiam ter sido evitadas. Basta respeitar as leis de trânsito e ter cautela na condução. Comportamentos para priorizar a vida.
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A pressa virou justificativa para o desrespeito. Em Lajeado, afora os momentos de pico, o trânsito flui. As distâncias são pequenas. Não há desculpa para excesso de velocidade, maior risco apontado pelas autoridades de fiscalização. De uma ponta a outra, é possível chegar aos compromissos sem atraso.
Ainda assim, motoristas assumem o risco. Seja por qual razão, ao pegar no volante, esquecem do básico e se comportam como se a vida fosse secundária. E o pior, colocam outras pessoas em risco.
A educação no trânsito é um exercício de cidadania. Indiferente se para condutor, ciclista ou pedestre. Todos são responsáveis em baixar os índices de acidentes. O exemplo de Lajeado é um, o desrespeito no trânsito está presente em diversos municípios. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), mais de 40 mil pessoas morrem no trânsito todos os anos. Conforme o órgão, 94% dos casos decorrem de falhas humanas. Consciência e respeito à vida são fundamentais. Gentileza e empatia para evitar que tragédias marquem a vida das famílias, pois a dor da perda permanece.
