Os efeitos da operação que investiga a administração de Teutônia começam a afetar outros setores. O término do municipal de futebol de campo está ameaçado devido à falta de pagamento do contrato com a arbitragem. Os organizadores se reúnem na próxima terça-feira com os times e integrantes do governo.
Até o encontro, a competição continua. A rodada final da fase classificatória só ocorre neste domingo graças a uma “vaquinha” entre os clubes e a empresa Pivi Arbitragem. As dez equipes decidiram repartir os R$ 3,4 mil, referentes ao custeio das partidas. Cada agremiação pagará R$ 300. Os R$ 400 restantes ficam por conta da empresa.
Responsável pela Pivi Arbitragem, Jair Welter relata que no dia 17 de dezembro de 2017 o projeto que autorizava a administração municipal a custear o pagamento dos árbitros foi apresentado na câmara de vereadores. No dia 25 de janeiro, o Legislativo aprovou o repasse de R$ 44 mil à Associação dos Clubes Amadores de Teutônia (Acat) e, desde então, a entidade aguarda a liberação do dinheiro pela administração municipal.
Segundo Welter, o valor referente as quatro rodadas realizadas – R$ 16 mil, foi pago pela Acat, após a entidade fazer empréstimos e usar o dinheiro que tinha em caixa. “Conversamos e vimos que se o dinheiro não for liberado fica difícil do futebol continuar”, lamenta.
Já o presidente da Acat, Arlei Miorelli, acredita na continuidade da competição. “Conversei com pessoas da administração e tenho esperança que o dinheiro seja depositado em breve.”
“É meu último ano no futebol”
A dificuldade de manter um time em competições é grande. Sem o auxílio com a arbitragem, alguns clubes amargam prejuízos. Um exemplo é o Bangu, de Posses.
A equipe foi a última a confirmar a participação no municipal, graças à promessa do governo de arcar com a despesa da arbitragem. “Hoje está difícil fazer futebol, nós, neste ano, estamos tendo mais despesas do que lucro”, conta Sérgio Vargas, presidente.
Segundo ele, o maior público neste ano não chegou a cem pagantes e em algumas oportunidades teve que tirar do bolso para quitar as dívidas do clube. “É meu último ano no futebol.”
Resposta do Executivo
Segundo a Procuradoria Jurídica do município, a forma de fazer o repasse está em estudo. Garante que, assim que tiver um posicionamento concreto, notificará a Acat.
Ezequiel Neitzke: ezequiel@jornalahora.inf.br