Deputado cassado acusa Bacci de irregularidades

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Deputado cassado acusa Bacci de irregularidades

Parte da delação foi divulgada ontem pela Gaúcha ZH

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O deputado estadual cassado, Diógenes Basegio (PDT), firmou acordo com o Ministério Público (MP) para delação premiada. Detalhes desse acordo, que também apresenta confissões por parte do ex-parlamentar, foram divulgados ontem no programa RBS Notícias. No conteúdo dos documentos, acusa Enio Bacci (PDT) por supostas irregularidades.

A delação foi homologada em janeiro pelo relator do caso no Tribunal de Justiça (TJ), o desembargador Sylvio Baptista Neto. O documento também é assinado por três pessoas ligadas ao ex-deputado: o ex-assessor Álvaro Ambrós, a nora Samarina Stédile Basegio e a prima Adriana Ongaratto.

O pedetista teria confessado “deficiências intencionais no controle de frequência dos funcionários, repasse de parte de salários de cargos de confiança (CC), diárias inidôneas e falsidade no controle da quilometragem dos veículos”.

A delação de Basegio inclui denúncias contra cinco deputados, todos integrantes da Comissão de Ética da Assembleia, que aprovou a cassação dele. Além de Bacci, foram citados pelo ex-parlamentar Gilberto Capoani (MDB), Álvaro Boessio (MDB), e Juliano Roso (PC do B), que era presidente da comissão.

Bacci teria sido denunciado por suposto envolvimento em casos de servidores-fantasmas. Todos negam ou não quiseram comentar os apontamentos. Em nota encaminhada ainda ontem à imprensa do estado, o único deputado estadual do Vale do Taquari se defendeu das acusações.

Ele afirma que não tem conhecimento dos fatos “porque estão em sigilo de Justiça”, mas decidiu responder em função da reportagem. Bacci diz estar pagando “o preço que se paga por ter sido o relator que pediu a cassação do ex-deputado Basegio.” Fala ainda em “repúdio à citação ao nome”, e garante não ter havido ilegalidades em seu gabinete.

Ainda de acordo com o pedetista, “chega a ser cômico o ex-deputado cassado querer se livrar da prisão, citando presunções e mentiras, justamente contra membros da Comissão de Ética, que foram responsáveis por sua cassação.” Cita, também, que Basegio teria insinuado a participação de “todos os deputados” em ilegalidades, mas “depois citou apenas quatro.”

Bacci ainda cita o Ministério Público. Pede que as investigações avaliem “com cautela” as citações, e “não dê quaisquer benefícios a seus crimes, em troca de presunções e mentiras.” Por fim, defende o trabalho da Comissão de Ética. Para ele, a “cassação foi embasada em farta prova e a justiça não pode perdoá-lo em troca de uma delação sem consistência.”

Delação do parlamentar cassado em 2015 cita suposta fraude para elevar ressarcimento por uso de veículo particular e contratações de funcionários-fantasmas.

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