“O esporte evita o mau caminho”

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“O esporte evita o mau caminho”

Nestor Scheibe, 59, coordena a Escolinha Rui Barbosa, de Arroio do Meio, faz 20 anos. Mais de cinco mil crianças já passaram por seus treinamentos, entre elas, Andrigo, hoje no Sport, e Eduardo Brock, zagueiro do Goiás. • Nesse trabalho…

“O esporte evita o mau caminho”

Nestor Scheibe, 59, coordena a Escolinha Rui Barbosa, de Arroio do Meio, faz 20 anos. Mais de cinco mil crianças já passaram por seus treinamentos, entre elas, Andrigo, hoje no Sport, e Eduardo Brock, zagueiro do Goiás.
• Nesse trabalho com as crianças, como é contribuir para a formação do indivíduo?
Primeiramente trabalhamos na parte disciplinar, junto com o rendimento escolar. Fizemos esse acompanhamento para as crianças se dedicarem aos estudos e aos treinamentos. Após isso, vamos para a parte técnica e o aprendizado do futebol.
• Como o esporte pode ajudar a termos uma sociedade melhor?
O esporte evita o mau caminho, a drogadição. É uma experiência que tenho desde 98, quando iniciei com as crianças, dificilmente alguém que inicia no esporte se perde.
• Qual o momento em que sentiu mais orgulho? E o contrário, já teve alguma decepção?
Me sinto orgulhoso quando um menino cresce, muitas vezes, um menino começa mal na escolinha, mas é esforçado, aí ajudamos a melhorá-lho e ele consegue evoluir. Outro fato que me deixa orgulhoso é ver que 90% dos jogadores que disputam o municipal de Arroio do Meio passaram pelas minhas mãos. Decepção é quando os meninos estão no auge, após encaminhamentos para clubes maiores, eles desaparecem. Aí não sabemos o que aconteceu, se foi pouco aproveitado ou se deslumbrou e o rendimento não foi o mesmo da época da escolinha, essa é minha mais decepção.
• Com quase duas décadas trabalhando esporte com as crianças, qual a diferença da juventude de hoje com a do passado?
Olha não mudou muito. Se as crianças tiverem um acompanhamento e uma sustentação da família, elas acompanham a evolução do esporte. Temos dificuldade quando a família não participa das atividades da criança e não a incentiva a participar.
• O futebol serve de metáfora para a vida. Não se deslumbrar com a vitória e não desistir na derrota. Que outras lições podem ser ensinadas?
O que a gente não pode de maneira nenhuma é iludir a criança. Por exemplo, dizer que ela tem condições de jogar no Barcelona e acaba só jogando no amador, isso são coisas que temos que cuidar. O crescimento e a formação da criança têm que ser ao natural para depois chegar a um clube maior.

Ezequiel Neitzke: ezequiel@jornalahora.inf.br

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